Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Natasha no País das Maravilhas

Bat For Lashes, que abriu os shows do Coldplay no Brasil, é comandado por uma vocalista (ins)pirada

Por Fernanda Catania Publicado em 11/05/2010, às 06h14

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
<b>FANTÁSTICA</b> Natasha Khan, dona do Bat For Lashes - Divulgação
<b>FANTÁSTICA</b> Natasha Khan, dona do Bat For Lashes - Divulgação

O projeto britânico Bat for Lashes foge completamente do clichê ao deixar de lado músicas-chiclete que falam de amor para falar de lobos, morcegos e florestas, com um som que mistura piano, cravo e outros instrumentos menos convencionais. Esse é o resultado do imaginário fantástico que povoa a cabeça de Natasha Khan, a cantora que se esconde atrás do nome. Há muito desse universo lúdico no primeiro álbum do Bat For Lashes, Fur and Gold (2006). No clipe de "What's a Girl to Do?", Natasha guia uma bicicleta enquanto quatro pessoas, vestindo cabeças de animais, coreografam passos atrás dela. "Busquei inspiração em filmes oitentistas de crianças, como Os Goonies, e em Donnie Darko", explicou, antes de subir ao palco para abrir o show do Coldplay em São Paulo, em março.

No disco mais recente, Two Suns (2009), a influência de contos de fadas está mais madura. A concepção foi baseada em dualidades: amor e ódio, claro e escuro. Para isso, Natasha criou o alter ego Pearl, representando subjetivamente o lado sombrio de seu trabalho. Trata-se de uma personagem solitária e que possui uma natureza destrutiva - influência das fotógrafas Diane Arbus e Cindy Sherman. "Mas com o drama vem a beleza, o entusiasmo, a sexualidade e o lado misterioso, que é muito atraente também." Sobre qual dessas personalidades sobe ao palco, ela é categórica: "Sou eu, Natasha, com todas essas características dentro de mim. Todo mundo tem esses dois lados - o meigo e o mau -, é a vida".