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Alice Braga

Mais famosa brasileira em Hollywood, ela quer estar em vários lugares ao mesmo tempo

Por Pablo Miyazawa Publicado em 14/06/2010, às 22h53

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Alice Braga será vista em julho nos cinemas, no filme Predadores. Ela interpreta uma atiradora que se vê à mercê de alienígenas em uma espécie de reality show sangrento. A atriz fala sobre a experiência e a vida corrida (Alice diz morar em Nova York e São Paulo, mas com passagens constantes por Los Angeles e Rio de Janeiro) em entrevista à edição de junho da Rolling Stone Brasil (Clique aqui para ler um trecho). Abaixo, você confere perguntas e respostas que ficaram fora da nossa edição impressa:

Rolou um treinamento especial para interpretar uma atiradora?

A gente não teve tempo pra isso, porque chegamos no set uma semana antes das filmagens. Eu procurei coisas na internet. O Nimród [Antal, diretor] me deu um "manual para se tornar um atirador" utilizado pelo exército e consegui compreender quais habilidades e que tipo de treinamento é preciso ter. Um bom atirador precisa saber matemática, para calcular a trajetória da bala; precisa entender sobre o clima, não pode ter problemas de visão, não pode fumar, senão a falta de nicotina faz tremer e a fumaça permite que ele seja visto pelos inimigos. São pequenos detalhes que pude usar para criar a personagem. O cara que cuidava de nossas armas trabalhou no exército, então ele me ensinou a atirar e a brincar com o rifle enquanto eu dizia as minhas falas. São coisinhas que tentei para passar mais credibilidade.

Você acha que existe algum tipo de senso de comunidade entre os cineastas e atores latino-americanos?

Eu acho que existe. Eu admiro muito o que acontece no México, porque eles se comprometem uns com os outros. Tem os diretores, Guillermo Del Toro, o [Alejandro González] Iñarritu, o Alfonso Cuarón. E os atores, Gael [Garcia Bernal], Diego [Luna]... Eles são unidos e se ajudam mutuamente, de uma maneira diferente do que é feito no Brasil. É tão interessante que serve como uma inspiração para os cineastas brasileiros. Eu sinto que os diretores latino-americanos estão se tornando cada vez mais importantes. Fico orgulhosa de fazer parte disso de certa forma, de ter participado com todos eles.

Se tivesse que escolher três momentos memoráveis de sua carreira internacional até agora, quais seriam? E se tivesse que escolher um sonho a realizar na carreira, conseguiria citar um?

Com certeza, o momento que fui informada que havia sido selecionada para o filme Eu Sou a Lenda. Foi meu primeiro filme por lá e um filme muito grande. Em seguida a oportunidade de trabalhar com Sean Penn. Ele sempre foi uma referência para mim e a oportunidade de olhar no olho dele em cena foi realmente especial e inesquecível. Por fim, reencontrar o Fernando Meirelles para fazer o Ensaio Sobre a Cegueira. Ele é o meu eterno padrinho, uma pessoa por quem tenho um carinho enorme e uma admiração eterna. A possibilidade de o reencontrar em cena, sete anos depois de Cidade de Deus e em uma história do Saramago foi realmente marcante. Um sonho? Seguir trabalhando por aqui e pelo mundo...