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Sonho de Pirataria

Andreia Dias aposta na disponibilização de músicas pela internet para divulgar carreira

Por Fernanda Catania Publicado em 20/07/2010, às 05h06

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<b>DISTRIBUIÇÃO</b> Andreia Dias torce para ver seu disco nos camelôs - Gabriel Wickbold
<b>DISTRIBUIÇÃO</b> Andreia Dias torce para ver seu disco nos camelôs - Gabriel Wickbold

É cada vez mais inevitável: novos artistas têm de aproveitar os benefícios proporcionados pela internet para popularizar seu trabalho. É o caso de Andreia Dias. Conhecida por ter integrado a Banda Glória e a Dona Zica, a cantora de 37 anos partiu para a carreira solo em 2008, com o lançamento virtual e físico de Vol. 1, primeiro disco de uma trilogia. Com a boa repercussão desse trabalho na internet, decidiu seguir a mesma linha e disponibilizar o novo, Vol.2, para download gratuito em seu site oficial. "A música é do mundo", diz a cantora, que não teme a desvalorização das vendas de seus discos nem se preocupa com a pirataria. Pelo contrário, ela carrega o "sonho" de ser vendida por um camelô. "Acho que se um dia meu CD chegar a uma barraquinha na rua é porque valeu a pena", conta, aos risos.

A verdade é que a internet é sua grande aliada para divulgação: assim que liberou quatro músicas novas, foram contabilizados mil downloads. Andreia ainda não descartou, porém, a ideia de lançar a versão física - o segundo CD será lançado no fim deste mês. Para divulgar a trilogia de discos, ela criou, junto do produtor Flávio Scubi, o selo Scubido Records. "Eu gosto da minha liberdade. Não gosto de regras nem de ficar com o rabo preso. Sinto que isso é complicado quando se tem um acordo com gravadora [grande]", explica. Na carreira solo, ela quer distanciar-se do estereótipo de "diva da MPB". A começar por sua música, que fala de desilusões amorosas de um jeito irônico com uma sonoridade que mistura samba, brega, rock e eletrônico - estilo definido pela cantora como "música popular contemporânea brasileira". Em seu novo disco, há colaborações com Zeca Baleiro, Ricardo Herz, Marcelo Jeneci, entre outros. "Essa coisa solo é mais para desabafar minha obra e a angústia do peito", diz Andreia, que ainda trabalha com a banda Astronautas do Amor e cuida de um projeto com Arrigo Barnabé, - uma "opereta existencialista" - baseada no documentário Zeitgeist, the Movie - que deve ser lançada até o final do ano.