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Trabalho Sem Fim

Guitarrista Bumblefoot divide o tempo entre os muitos shows do Guns N’ Roses e o estúdio

Por Paulo Terron Publicado em 22/09/2010, às 18h55

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<b>GUNNER</b> Thal ao vivo com o Guns N' Roses - George Chin
<b>GUNNER</b> Thal ao vivo com o Guns N' Roses - George Chin

Ron Thal, mais conhecido como Bumblefoot, leva uma vida profissional exigente: enquanto não está na estrada como guitarrista do Guns N' Roses (já foram mais de 130 shows com Axl Rose e companhia), ele está em seu estúdio gravando. "Chego da turnê e pulo direto pro meu estúdio para trabalhar. Quando volto às viagens, até parece que estou em férias!", explica, de sua casa em Nova Jérsei, (Estados Unidos), em uma pausa da Chinese Democracy Tour. "São dois mundos diferentes, acho que eu sentiria muita falta de trabalhar em estúdio, mesmo se eu fizesse shows incríveis. Ao mesmo tempo, se eu me trancasse nas gravações, ia querer viajar."

No momento, ele aguarda mais uma parte da turnê europeia do Guns, que será retomada ainda neste mês, e se prepara para o lançamento de uma edição especial de seu primeiro álbum solo, The Adventures of Bumblefoot, de 1995. Esse trabalho nasceu em uma época bem diferente na vida do músico. Aos 24 anos, ele vivia com os pais e era o encarregado do departamento musical de uma escola, com atribuições que incluíam a organização de um coral e até uma banda de jazz. "Meu mundo era muito variado", relembra. "Tinha muita coisa acontecendo."

O álbum foi gravado em um porão, enquanto o guitarrista lutava com as deficiências técnicas e um inimigo surreal: o barulho de um aparelho de ar condicionado que refrescava o verão escaldante daquele a no. "Eu subia e aumentava a temperatura do termostato para evitar que o aparelho ligasse. Dava para gravar mais ou menos uma hora, até que a minha mãe gritasse: 'Por que está tão quente na casa? Parece um forno aqui!'", ri. Pensando no Brasil, Bumblefoot disponibilizou seus CDs por meio do site de vendas Mercado Livre, que ele controla pessoalmente com a ajuda de uma amiga brasileira. "É legal ter essa conexão com as pessoas", diz. "Gosto de dar opções para as pessoas, sem forçá-las."

Sobre uma recente confusão envolvendo o Guns N'Roses e uma suposta performance no ainda não confirmado Rock in Rio 2011, no Rio de Janeiro, ele explica: "Os fãs estavam fazendo uma campanha sobre isso no Twitter. Eu escrevi a mesma mensagem para dar o meu apoio, mas foi só para mostrar que eu também queria aquilo. Shows dependem de empresários e agentes, não dos artistas." Por enquanto os planos da banda só vão até o fim deste ano, quando ela toca na Austrália. "Mas espero que a turnê não acabe neste ano! A não ser que seja para gravarmos um disco novo, isso seria legal."