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Mais Peter Frampton

Confira abaixo mais respostas de Peter Frampton, com exclusividade neste site. Para ler um trecho da entrevista publicada em nossa edição impressa, clique aqui

Por Paulo Cavalcanti Publicado em 09/09/2010, às 19h41

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<b>PERSONAGEM</b> Para Frampton, virar desenho animado foi um ponto alto - Gregg Roth / Divulgação
<b>PERSONAGEM</b> Para Frampton, virar desenho animado foi um ponto alto - Gregg Roth / Divulgação

Ele já foi um dos maiores ídolos do planeta. Todas as adolescentes tinham um pôster dele em seu armário. Mas isso foi há muito tempo, quando Peter Frampton ainda possuía esvoaçantes madeixas loiras e surfava alto nas paradas com o milionário álbum duplo ao vivo Frampton Comes Alive (1976). Com o recém-lançado álbum Thank You Mr. Churchill na bagagem, o cantor e guitarrista vem esse mês ao Brasil para cinco shows em que promete recordar os velhos hits.

Umas das canções que remetem a sua formação musical é "Invisible". Qual foi a inspiração?

É a minha homenagem a gravadora Motown, que fez a cabeça de praticamente todo mundo nos anos 60. Há poucos anos estive em Detroit, antiga sede da Motown, para participar de um evento. Lá estava alguns sobreviventes do Funk Brothers, a banda de estúdio que acompanhava todos os artistas da gravadora. Depois, foi fácil fazer e gravar a música, usando frases de grandes hits da Motown. Quis deixar a canção com uma pegada bem dançante, do jeito que faziam na época.

Apesar de ter feito um disco falando de sua juventude na Inglaterra, há muito tempo você mora nos Estados Unidos. Como é sua relação com o país?

Eu moro na América há uns 35 anos, atualmente estou em Cincinatti. Muitos músicos ingleses vieram para os Estados Unidos nos anos 70. Alguns ficaram, outros não. Eu nunca pensei que iria me adaptar tão bem aqui. E, apesar de viajar muito pelos quatro cantos do mundo, aqui tenho muito trabalho, na verdade sempre tive. Até perdi meu sotaque inglês. Eu me naturalizei para poder votar e participar mais das coisas que acontecem aqui.

O Humble Pie, grupo que você formou nos anos 70 com o Steve Marriott, está sendo redescoberto. Como você vê a banda hoje em dia?

Foi uma grande banda que estava frente à do seu tempo. Foi um sonho que se tornou realidade quando comecei a tocar com o Steve Marriott. Eu era superfã dele, queria muito entrar no Small Faces, a banda do Steve nos anos 60. No Humble Pie todo mundo tocava muito bem, sabia improvisar e tinha um grande conhecimento de jazz, blues e boogie.

Mas, antes do Humble Pie você fazia parte do Herd, que era uma banda de bubblegum psicodélico. Você nunca toca nada desse período em seus shows. Por que?

Eu não renego o Herd. Me tornei conhecido nessa banda, tivemos vários hits como "From The Underworld", que ainda acho sensacional. Mas na época eu tinha 16 anos, não sabia nada sobre como funcionava a indústria. Os produtores impunham o repertório, diziam como deveriam nos comportar e nos vestir. Ao vivo, tudo era diferente. Em estúdio, realmente éramos um pouco "fabricados". Acho que as músicas do Herd não cairiam muito bem em meus shows atuais.