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As 25 Melhores Músicas Nacionais de 2010

Redação Publicado em 07/01/2011, às 12h14

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<b> DOMÍNIO TOTAL </b> Individualmente, as músicas de Tulipa Ruiz são tão instigantes quanto o álbum como um todo
<b> DOMÍNIO TOTAL </b> Individualmente, as músicas de Tulipa Ruiz são tão instigantes quanto o álbum como um todo

A força indie com forte acento brasileiro se fez presente no ano que passou. Confira abaixo os dez primeiros títulos da nossa lista de 25 melhores músicas nacionais de 2010. O ranking completo está na edição 52, janeiro/2011.

Clique aqui para conhecer a lista das dez melhores músicas internacionais de 2010.

Clique aqui para conhecer a lista dos dez melhores discos internacionais de 2010.

Clique aqui para conhecer a lista dos dez melhores discos nacionais de 2010.

1º - Tulipa Ruiz "Efêmera"

De quantos segundos precisamos para nos apaixonarmos por uma música? A resposta é fácil: 16. É nesse momento em que Tulipa Ruiz entra cantando sobre conter suas ansiedades para, assim, poder aproveitar melhor o tempo e, quem sabe, até aprender algo novo. Ou só curtir as coisas simples da vida. E, quando já estamos entregues ao clima deliciosamente preguiçoso, entra o reforço do Negresko Sis (um verdadeiro batalhão de leveza da música brasileira, com Céu, Thalma de Freitas e Anelis Assumpção cantando gloriosamente juntas). São três minutos e 45 segundos de uma elevação progressiva de afeto que só persiste e resiste ao longo de todo o álbum.

2º - Nevilton "O Morno"

Todos os recursos foram entrelaçados nesse arrasa-quarteirão de quatro minutos: batida ansiosa, estilo "para, recomeça", solos viscerais, nenhum refrão. "O Morno", uma crítica entusiasmada ao conformismo, soa como o tiro certeiro do trio de Umuarama (PR) em sua irrevogável escalada rumo a um lugar ao sol.

3º - Marcelo Jeneci "Quarto de Dormir"

A melodia de Jeneci é costurada por piano, um arranjo de cordas de extremo bom gosto e uma narrativa cinematográfica. A letra, que muitos acharão parecida com as que Roberto e Erasmo Carlos faziam na metade dos anos 70, discorre sobre a importância de um quarto escuro na história de dois ex-amantes.

4º - Mombojó "Antimonotonia"

A introdução, com guitarra de surf music, até parece filme de ficção B dos anos 60. Mas, quando entra o vocal, ela se torna sinistra, com uma bela poesia sobre rotina e a chatice do dia a dia. Só que não existe nada de monótono no instrumental do Mombojó, que segue pomposo, atmosférico e grandiloquente.

5º - Karina Buhr "Eu Menti pra Você"

Metais, guitarras que ficam viajando de um canal para o outro e um ritmo seco são a base sonora da faixa-título do disco de estreia de Karina Buhr. Tudo isto para decorar sua voz irônica, que na letra declara ser uma mulher má, capaz de mentir para seu amado. Mas a melodia é tão sedutora que fica difícil de acreditar.

6º - Cérebro Eletrônico "Cama"

A faixa mais emblemática de Deus e o Diabo no Liquidificador é esta balada cheia de climas - ou seria uma canção de amor marrenta? -, marcada pelo mantra "Eu só saio dessa cama quando você me disser decidida que me ama".

7º - Do Amor "Pepeu Baixou em Mim"

Obviamente, o Do Amor presta uma homenagem a Pepeu Gomes e aos Novos Baianos, mas também declara seu amor e respeito à velha escola da música baiana, citando no sacolejante instrumental o som de antigas bandas de axé.

8º - Nina Becker "Janela"

A poética canção, parceria de Nina com Domenico Lancelotti, entrou em Azul e Vermelho, discos que a cantora lançou simultaneamente. Mas em cada um deles, a faixa ganhou uma cara distinta, com novos arranjos e interpretações.

9º - Gilberto Gil "Fé na Festa"

Em Fé na Festa, Gil celebra o espírito pra cima e dançante das festas juninas. Já a ótima faixa-título não é tão óbvia: cita baião, forró e tem um ligeiro toque eletrônico, remetendo à produção musical do ex-ministro do começo dos anos 80.

10º - Tulipa Ruiz "Brocal Dourado"

Se aqui a cantora consegue - somente com sua habilidade vocal - transformar um refrão que simplesmente repete as duas palavras do nome da faixa em um dos melhores momentos musicais de 2010, não há muito mais a se explicar.