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Festivais Devem Dominar o Ano

Eventos ganham cada vez mais destaque no calendário de shows do Brasil

Por Stella Rodrigues Publicado em 11/05/2011, às 16h17

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<b>FESTA</b> Amy Winehouse na primeira edição do Summer Soul, em janeiro - DIVULGAÇÃO/MARCOS HERMES
<b>FESTA</b> Amy Winehouse na primeira edição do Summer Soul, em janeiro - DIVULGAÇÃO/MARCOS HERMES

A diferença mais óbvia entre um show tradicional e um festival é quantitativa, mas vai além: este último proporciona uma experiência mais completa, na qual o local do evento pode servir como destino de viagem e se passar por lar durante alguns dias. E, recentemente, a lista de opções no Brasil se viu diversificada, entre Planeta Terra, Creamfields, Natura Nós, Summer Soul, Rock in Rio e outros. Para Alexandre Cardoso, idealizador do Planeta Terra, essa fome de festivais vem de longa data. "Sempre teve uma demanda reprimida do público, agora ela está sendo atendida."

Ele aponta o reaquecimento da economia no país como uma das razões para esse boom nos festivais. "O país teve um avanço econômico grande, o que faz com que exista mais dinheiro circulando. Tem gente que antes gostaria de consumir música, mas não podia, e hoje consegue."

Outro motivo que parece evidente aos organizadores de festivais como uma razão para essa redescoberta é a mudança no funcionamento do mercado fonográfico, que faz com que os artistas vendam menos discos. "Os shows viraram uma das fontes mais importantes de receita das bandas", afirma Cardoso. E o porta-voz do Creamfields, Tonico Novaes, lembra que o país conta com uma bela variedade de destinos para os artistas: "Quando você faz um evento na Argentina, consegue bookar [agendar] o DJ em Buenos Aires e dificilmente vai conseguir colocá-lo em outra cidade. No Brasil, consegue fazer com que ele toque em várias cidades."

Com a vinda dos Jogos Olímpicos, em 2016, e da Copa do Mundo, em 2014, o Brasil está mais em alta do que nunca no exterior. Para Theo van der Loo, diretor artístico do SWU, a realização desses eventos esportivos no país também ajuda na hora de agendar atrações internacionais. "As pessoas nos vêem com mais seriedade, é como se ganhássemos uma chancela de capacidade", explica. O mesmo ocorre com o retorno do prestigioso Rock in Rio, nome identificado por pessoas do mundo todo, à cidade que lhe dá nome. Apesar de ser um concorrente, é um acontecimento tão poderoso que serve como impulso para os outros eventos. "Quanto mais gente estiver falando de música, festivais e atuando nesse mercado, melhor", garante Cardoso, do Planeta Terra.