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5 PERGUNTAS - Com Força Total

Chris Cornell fala da volta do Soundgarden e da parceria com Eddie Vedder

Por Austin Scaggs Publicado em 20/07/2011, às 19h57

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<b>FASE NOVA</b> Na atual turnê, Cornell dá valor ao silêncio - TIM MOSENFELDER/GETTY IMAGES
<b>FASE NOVA</b> Na atual turnê, Cornell dá valor ao silêncio - TIM MOSENFELDER/GETTY IMAGES

Chris Cornell maravilhou plateias em seus shows solo acústicos, na Songbook Volume 1 Tour, tocando estonteantes novas versões de músicas do Soundgarden, Audioslave e de sua carreira solo usando apenas violão e voz. "Eu media o sucesso de um show do Soundgarden pelo quanto eu conseguia levar a plateia à loucura", diz o cantor. "Com esta turnê, você sabe que está indo bem quando percebe que daria para ouvir uma agulha caindo no chão." Agora ele está de volta ao Soundgarden, finalizando o primeiro álbum de inéditas da banda desde 1996. "Estamos bem avançados nas gravações", conta ele, que cairá na estrada com o resto do grupo em julho. "Mas combinamos de não discutir uma data de lançamento. Temos trabalhado rápido, mas vai estar pronto quando acharmos que está pronto."

Quando nos falamos em 2009, você descartou a ideia de uma reunião do Soundgarden. O que aconteceu?

Lançamos um álbum ao vivo. Tínhamos todo esse material de nossa turnê pela costa oeste [dos Estados Unidos] em 1996 - que se transformou em Live on I-5 [lançado neste ano] - e ouvimos o material, mixamos e foi muito legal. Todos nós decidimos que seria bem tranquilo voltar e fazer outro álbum. É que, honestamente falando, pareceu simplesmente que havíamos feito um intervalo de uns poucos anos, não 13. Tudo seguiu muito tranquilamente.

Qual foi a primeira música que vocês tocaram no ensaio, assim que se juntaram?

"Blind Dogs". Não sei por que - nunca a tocamos ao vivo. Isso deu o tom. O melhor jeito de fazer os ensaios funcionarem era gritar um título de música, afinar nossas guitarras e tocar até que o músculo da memória se reativasse.

Em que ponto as coisas voltaram a ser como nos velhos tempos?

O que há de mais surpreendente para mim é redescobrir esta característica indefinível na nossa música. É algo caótico, que você não tem como controlar. É volátil, e é pura química. E de algum modo eu a esqueci quando fui embora, em 1997.

Há alguns anos a banda toda foi a um show do Pearl Jam - e você e Eddie Vedder cantaram o classic do Temple of the Dog, "Hunger Strike". Isso impulsionou a reunião?

Decidimos nos encontrar no show do Pearl Jam para planejar nossas futuras empreitadas. Mas era tão legal estarmos todos sob o mesmo teto e ver pessoas que não víamos há tanto tempo.

Você e Eddie são tão bons juntos naquela música, mas você deve tê-lo visto como um rival quando ele se mudou para Seattle.

Conheci Eddie em uma época difícil. Tínhamos todos perdido um bom amigo, Andy [Wood, vocalista do Mother Love Bone]. A morte dele nos abalou. Ele era Freddie Mercury e Elton John - era tudo isso. Pareceu quase poético quando Eddie apareceu e gravamos "Hunger Strike". Eddie tinha aquela personalidade, e nos ajudou a nos recuperarmos.