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Longe da Polêmica

Chuck D, do Public Enemy, fala do amor ao Brasil e defende Barack Obama

Por Paulo Cavalcanti Publicado em 11/07/2011, às 12h40 - Atualizado em 07/12/2011, às 15h13

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<b>DE VOLTA</b> Chuck D (o primeiro à esq.) vem ao Brasil em julho - DIVULGAÇÃO
<b>DE VOLTA</b> Chuck D (o primeiro à esq.) vem ao Brasil em julho - DIVULGAÇÃO

O Public Enemy volta ao Brasil na metade deste mês para participar do festival Black na Cena, em São Paulo, ao lado de diversos nomes da música negra nacional e dos Estados Unidos. O rapper Carlton Douglas Ridenhour, mais conhecido como Chuck D, o líder do grupo, é fã confesso da cultura brasileira. O interesse é tanto que, antes mesmo do grupo se apresentar no país, ele já tinha passado anonimamente por aqui. "Minha esposa, que é professora, foi convidada para participar de um evento e aproveitei para ir junto", conta. "É sempre bom observar as mudanças que vêm acontecendo no país de vocês. O Public Enemy esteve no Brasil pela primeira vez há 20 anos, e sinto que muita coisa mudou." Chuck D também participou, no ano passado, do CD Causa e Efeito, do rapper carioca MV Bill. "Bill é um amigo que temos aí, um cara de grande representatividade", defende. "O rap do Brasil é um dos melhores do mundo."

O Public Enemy sempre foi conhecido por sua atuação política e pela ferrenha oposição ao governo norte-americano. Mas, quando interrogado sobre a atuação do atual presidente, Barack Obama, Chuck D procura mostrar bom senso. "O fato de ele ser afro-americano significa muito para nós", explica. "Ele é um homem bom, faz o que pode. Em meu país, digo. Ainda tem muito para ser feito pela nossa gente. O problema é que ele é um bom motorista dirigindo um carro ruim. Eu também lamento muito que, em sua política externa, ele tenha se esquecido da África."

O Public Enemy tem um novo disco já pronto, cujo nome deve ser Most of Our Heroes Don't Appear on a Stamp ("A maior parte dos nossos heróis não aparece em um selo'), cujo lançamento está previsto para o ano que vem. Chuck D só não sabe se o material vai ser lançado em formato físico ou apenas digital. "Não precisamos mais de CD. A mensagem está no ar", argumenta. "A música do Public Enemy sempre foi como uma reportagem, mostrando tudo o que acontece no momento. Eu recomendo que as pessoas entrem em nosso site oficial. Sempre temos novidades musicais lá."