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Lollapalooza faz 20 anos e anuncia edição brasileira

Nos Estados Unidos, evento teve seu maior público na festa de duas décadas

Nicole Frehsée Publicado em 08/09/2011, às 11h05 - Atualizado em 19/09/2011, às 15h05

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O Foo Fighters tocou no Lollapalooza de Chicago... - DAVE MEAD
O Foo Fighters tocou no Lollapalooza de Chicago... - DAVE MEAD

“ Senhoras e senhores, não estamos aqui para brincadeira”, disse Dave Grohl, do Foo Fighters, na última noite do Lollapalooza, em agosto, enquanto as nuvens negras que se acumulavam sobre o Grant Park, em Chicago, despejavam uma chuva pesada. E com isso a banda encharcada engatou seu hino do fim dos anos 90, “Learn to Fly”, com a plateia de milhares de fãs gritando o refrão junto com eles. Foi um final adequado. Desde que o líder do Jane’s Addiction, Perry Farrell, fundou o Lollapalooza há 20 anos como um circo itinerante do rock alternativo, o festival se reinventou como o maior do gênero, desembarcando nas praias do Lago Michigan todo ano desde 2005. Apesar dos números monstruosos deste ano – mais de 130 bandas, oito palcos, um público recorde de 270 mil pessoas –, o DNA do Lolla podia ser encontrado em todos os lugares. Farrell aproveitou a oportunidade para anunciar a edição brasileira do Lollapalooza, a ser realizada em 7 e 8 de abril, no Jockey Club, em São Paulo.

Mas o Lollapalooza não vive de nostalgia, como mostrou a edição norte-americana de 2011. Com palcos principais duelando em cada extremidade do parque, um par de atrações digladiava todas as noites: Coldplay vs. Muse na sexta; My Morning Jacket e Eminem no sábado; Foo Fighters e Deadmau5 no domingo. No fim de tarde, os fãs eram forçados a escolher, a caminhada de 20 minutos entre um palco e outro, tornando quase impossível colocar em prática a ideia de ver ambos. “Eles têm que lidar comigo e eu com eles”, diz o superstar da dance music, Deadmau5, que estreou um novo show de ataques multissensoriais enquanto o Foo Fighters destruía tudo do outro lado do parque.

Sábado à noite pode ter sido a escolha mais difícil. O My Morning Jacket tocou versões épicas de suas novas faixas (“Holdin’ on to Black Metal”, “Outta My System”) e algumas favoritas do repertório ao vivo, como “Touch Me I’m Going to Scream Pt. 2”. Durante a viajante sequências de harmonias “Wordless Chorus”, o líder da banda, Jim James, se jogou de joelhos no chão, deslizando pelo palco. Enquanto isso, Eminem hipnotizava a massa, rasgando os versos de “Kill You” e “Lighters” (que contou com a participação de Bruno Mars).

O festival foi um teste de como administrar o tempo, com uma variedade estonteante de diversão o tempo todo – de DJs top, incluindo Girl Talk e Afrojack na tenda dance, às lanchonetes com comida de alto padrão, com curadoria do chef Graham Elliot. Cada tribo musical foi amplamente representada: os reis do indie (Bright Eyes, Explosions in the Sky), bandas do momento (Dale Earnhardt Jr Jr, Crystal Castles), ícones dos anos 80 (The Cars, Big Audio Dynamite), britânicos (Arctic Monkeys, Tinie Tempah) e um Marley (Damian). “Este ambiente une as pessoas”, diz Tinie Tempah. “Todo mundo só tomando uma cerveja, fumando um baseado e relaxando.”