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5 PERGUNTAS - De Volta à Obsessão

Amy Lee fala do novo álbum do Evanescence e sobre o Rock in Rio

Stella Rodrigues Publicado em 09/09/2011, às 13h26 - Atualizado em 07/11/2011, às 13h30

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<b>RENOVADOS</b> Amy Lee se diz apaixonada de novo pelo Evanescence - XXX
<b>RENOVADOS</b> Amy Lee se diz apaixonada de novo pelo Evanescence - XXX

“Sempre que ouço um disco antigo, é uma viagem no tempo. Essa é outra fotografia do tempo para mim”, diz a vocalista Amy Lee sobre o novo álbum do Evanescence, que leva o nome da banda. Falando animadamente, ela não lembra a cantora intensa, dark e teatral que sobe ao palco. O disco, com letras parcialmente inspiradas pela própria história de Amy com o Evanescence, sai dias depois da apresentação do grupo no Rock in Rio.

Foi um longo processo até Evanescence sair. Como foi esse período e quanto das características do som de vocês sobreviveu?

Começou quando terminamos a turnê de The Open Door, em 2007. Segui meu caminho, fui me redescobrir. O Evanescence me definiu, por muito tempo. Quando estou envolvida nisso, é tudo que faço. Não tem pela metade comigo. Passei esse tempo vivendo a vida com meu marido. Mas amo música, quando vi estava compondo de novo e sem a banda. Conforme escrevia, me apaixonei de novo pelo Evanescence e quis fazer um disco que fosse “Evanescence agora”, com tudo que a gente mais gosta do grupo.

Liberdade parece ser um tema nas letras. De onde vem isso?

“What You Want”, o primeiro single, fala sobre como, se você está infeliz, precisa mudar sua vida, porque só se tem uma. É uma mensagem para mim mesma, sobre sair do casulo e encarar o exterior. “Volte ao que ama, ao que você é.” Ainda componho para me curar. Só estou mais madura e agora não acho mais que estou para morrer o tempo todo. Muito do disco é sobre a minha relação obsessiva com o próprio Evanescence e como, para me encontrar, tive que me afastar disso. No fim, liberdade não é liberdade se você é escravo de fugir de seus problemas.

O burburinho, quando começaram a gravar, era que seria um disco bem eletrônico e com influências de Depeche Mode. O quanto disso ficou?

Isso foi parte da jornada, mas não sobrou nada do que fizemos naquela época. A banda entrou muito na composição no fim, essa é a grande diferença do disco, não é tão meu, por isso inova. E eu sempre fui influenciada por Depeche Mode e Massive Attack, por isso entrou um pouco, mas não é aquela coisa sonolenta. Mistura desse groove com um rock agressivo.

Inicialmente, Steve Lillywhite (U2, Siouxsie and the Banshees) produziria o trabalho, mas Nick Raskulinecz (Foo Fighters, Velvet Revolver) acabou assumindo. Por quê?

A verdade é que era como se estivéssemos fazendo dois discos, ele não era a pessoa certa. Já tínhamos a maior parte das músicas quando descobri que um mesmo cara tinha produzido dois dos nossos discos preferidos dos últimos tempos: Black Gives Way to Blue, do Alice in Chains, e Diamond Eyes, do Deftones. Então, tinha de ser o Nick.

Este é o primeiro Rock in Rio brasileiro do Evanescence e o show é um pouco antes de o disco sair. Como será?

Foi uma loucura em Portugal e imagino que deva ser ainda maior no Brasil, porque o festival está voltando para casa. Planejamos tocar muitas das novas, não aguento mais esperar, cansei de tocar só as velhas. Não tem público melhor para ouvi-las do que os fãs brasileiros, que são muito entregues. Mesmo quando a gente estava fora de circulação, recebia muitos tweets em português pedindo shows.