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As melhores músicas internacionais de 2013

Redação Publicado em 10/01/2014, às 02h49 - Atualizado às 03h30

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1 DAFT PUNK COM PHARRELL E NILE RODGERS

“Get Lucky”

O que mais se poderia querer do hit do ano? Os robôs franceses produziram um groove disco para as novas gerações, pegando um pouco de soul espacial de Pharrell e um toque “le freak” do deus da guitarra do Chic, Nile Rodgers, que basicamente inventou esse gênero. “Get Lucky” soa vintage e futurista ao mesmo tempo, mas é o tipo de música pop com o qual todo mundo pode se identificar. Rodgers e Pharrell provaram que são os amuletos indispensáveis das músicas de verão – ambos estão acostumados a papéis de apoio, mas aqui soam energizados pelos holofotes. E o Daft Punk atinge em cheio a emoção pop que persegue há 15 anos: geraram uma música irresistível e uma carta de amor àquela sensação de sorte que todos sentem quando o globo espelhado acima da pista começa a girar.

2 LORDE

“Royals”

Não soava como o tipo de música que pudesse dominar as paradas pop – só uma jovem cantora cool e de voz firme. Só que “Royals” chamou a atenção por ser irresistivelmente radical: é o som de uma adolescente apaixonada pelo hip-hop (mas não por seu materialismo) decidindo ser a rainha de sua própria cena.

3 ARCADE FIRE

“Reflektor”

Esta declaração de guerra de sete minutos é nominalmente sobre a alienação da era digital, mas, com a produção de James Murphy (guru do LCD Soundsystem) e uma aparição especial bem disfarçada do mito David Bowie, a faixa acaba sendo uma celebração à alegria comunal de sacudir em uma pista de dança.

4 DAVID BOWIE

“The Stars (Are Out Tonight)”

David Bowie não é nenhum novato em viagens siderais musicais. Na canção-chave do notável The Next Day, o eterno alter ego do Major Tom continua a nos alertar de que as estrelas continuam lá fora – apenas para nos inspirar.

5 BLACK SABBATH

“God Is Dead?”

O primeiro single do retorno dos inventores do heavy metal tem letra inspirada na obra de Friedrich Nietzsche. Mas Ozzy Osbourne, com o indefectível timbre inspirado, deixa de lado as discussões filosóficas e nos remete ao clima de pesadelo que só o Black Sabbath sabe realizar.

6 NICK CAVE & THE BAD SEEDS

“Jubilee Street”

A bateria calma e o naipe de cordas não amenizam em nada a letra protagonizada por uma prostituta sem passado. Trinta anos se foram, mas Nick Cave & the Bad Seeds continuam a surpreender ao musicar crônicas que colocam sordidez e redenção lado a lado.

7 ARCTIC MONKEYS

“Do I Wanna Know”

A faixa de abertura e ponto mais alto de AM, quinto álbum dos rapazes de Sheffield, traz um groove agressivo monstruoso enquanto Alex Turner relata de modo embriagado uma aventura amorosa de fim de noite. Arrastada e sedutora, a voz dele faz a ideia do desejo soar quase como tortura.

8 QUEENS OF THE STONE AGE

“If I Had a Tail”

Parece a trilha sonora de uma imperdível festa de arromba promovida por Josh Homme e cia. E, ao mesmo tempo que a faixa soa pesada e densa, tanto pela temática quanto pelo instrumental arrastado, ainda consegue ser altamente sexy e provocativa.

9 PAUL MCCARTNEY

“Queenie Eye”

Paul McCartney retorna com esta linda canção capaz de trazer de volta os inevitáveis e inconfundíveis ecos dos Beatles. Mas há uma aura maravilhosa de leveza, novidade e juventude, atualizando a imaculada fórmula de composição do mestre sem que ele soe vazio ou ultrapassado.

10 KANYE WEST

“Black Skinhead”

O hino que anunciou que Yeezus não era uma mera experimentação ególatra de Kanye West (ou será que é?) é uma colaboração com o Daft Punk – o rapper faz um discurso raivoso por cima de uma batida industrial com ocasionais gritos de Tarzan. Tão perturbadora quanto fascinante.

11 HAIM

“The Wire”

As três irmãs da banda Haim produziram uma pepita pop que cita os dias de glória do rock and roll nas rádios de Los Angeles, com uma bateria forte sob toques de folk ensolarado. A batida de palmas que se ouve na música vem direto do manual do The Eagles, e o refrão é quase que um passeio de mãos dadas com o Fleetwood Mac.

12 KATY PERRY

“Roar”

Você já teve a sensação maluca de que Katy Perry quer nos conceder superpoderes? A cantora basicamente junta toda uma coletânea de músicas dos anos 1980 sobre rompimentos de relacionamentos em um único sucesso pop balançante ao qual a maioria dos seres humanos não consegue resistir, seja nas pistas, seja em casa.

13 ROBIN THICKE COM PHARRELL E T.I.

“Blurred Lines”

Sim, essa música grudenta chupou o balanço de “Got to Give It Up”, de Marvin Gaye, mas, graças ao gancho sacana cantado por Pharrell, o mundo inteiro ficou à mercê das garras levemente sujas de Robin Thicke em 2013. O polêmico videoclipe cheio de modelos nuas, obviamente, ajudou bastante.

14 THE STROKES

“One Way Trigger”

Quase ninguém entendeu quando Julian Casablancas surgiu com os falsetes por cima de sintetizadores e batidas que soavam como uma mistura de a-ha com tecnobrega. Parecia o velho Strokes se esforçando para se virar do avesso. Mas, depois de todo o espanto, foi possível distinguir o som de uma banda se divertindo muito.

15 YEAH YEAH YEAHS

“Sacrilege”

A voz sensual de Karen o ganha o acompanhamento de um coral gospel e deixa a faixa poderosa e propositadamente profana. Com guitarra e bateria marcando o passo ao fundo – e David Sitek, do TV on the Radio, na coprodução –, ela sugere rumos novos para o som sempre vanguardista do Yeah Yeah Yeahs.

16 SEBADOH

“I Will”

Lou Barlow, líder do Sebadoh, encerrou um casamento de mais de 20 anos e conseguiu transformar os sentimentos em inspiração para Defend Yourself. Esta balada é a que melhor expõe as feridas ainda recentes, com uma beleza melódica dolorida e um fio de esperança na voz típico de quem sempre enxerga a luz no fim do túnel.

17 DAFT PUNK COM PHARRELL E NILE RODGERS

“Lose Yourself to Dance”

“Get lucky” foi onipresente, mas há outra pérola no álbum do Daft Punk arquitetada com a mesma fórmula infalível. Sincronizado à guitarra de Nile Rodgers, Pharrell ordena que nos joguemos de cabeça na pista de dança – e quem somos nós para recusar?

18 KINGS OF LEON

“Supersoaker”

A banda de rock de estádio mais sincera dos Estados Unidos detona em um hino sobre amigos de bebedeira gravado com guitarras grandiosas e brilhantes como há muito não se ouvia. As alusões não totalmente sutis de Caleb Followill à ejaculação precoce chegam a conceder um tom quase melancólico a esta faixa heroica.

19 VAMPIRE WEEKEND

“Hannah Hunt”

Talvez a melhor música de todos os tempos já escrita pelo Vampire Weekend, com uma melodia ao estilo Dylan, um lindo vocal de Ezra Koenig e letras literais sobre um casal ambivalente em uma viagem de carro de Providence a Phoenix. No fundo, é uma canção sobre envelhecer quando tudo o que se tem é uma fé testada e uma confiança abalada.

20 EMINEM

“Rap God”

Eminem faz um argumento de seis minutos sobre sua genialidade como astro do hip-hop, e é, como de costume, bastante convincente. Abusando da pirotecnia na mistura de palavras e na costura de sílabas em sua maneira incrivelmente rápida de rimar, ele realmente nos faz acreditar que nenhum outro rapper chegará aos pés dele no futuro próximo.

21 BIG SEAN COM KENDRICK LAMAR E JAY ELECTRONICA

“Control”

Kendrick Lamar se destaca nesta faixa soul em alta velocidade, cuspindo o que deve ser o verso de rap do ano: uma torrente feroz de palavras na qual o jovem rapper assume que está “tentando assassinar” Drake, A$AP Rocky, Tyler, the Creator e outros oito concorrentes.

22 JUSTIN TIMBERLAKE

“Mirrors”

O maior hit do CD duplo que marca a volta de Timberlake à música, “Mirrors” leva o soul com falsete do cantor a uma viagem progressiva dos anos 1970. Os grooves percolados de Timbaland acabam sendo o cenário perfeito para a maior voz masculina do pop enquanto ela atinge a longínqua estratosfera.

23 SURFER BLOOD

“Demon Dance”

O segundo single de trabalho do quarteto novato da Flórida tem uma das melodias mais agradáveis do ano, embalada por inspiradas guitarras de surf music, doces melodias e vocais distorcidos. Mas o auge é o gancho raivoso ao final, em que o vocalista John Paul Pitts parece fazer uma homenagem sincera e assumida ao timbre de Black Francis, do Pixies.

24 JIM JAMES

“A New Life”

A estreia solo do líder do My Morning Jacket, Regions of Light and Sound of God, atinge o pico com esta faixa épica, na qual ele canta como o neto perdido de Sam Cooke sobre um arranjo de soul espacial adoçado por cordas. É uma canção de amor, tão cosmicamente linda quanto qualquer coisa que James já fez com sua banda principal.

25 SUPERCHUNK

“Me & You & Jackie Mittoo”

Uma música que nos faz lembrar de um amigo desaparecido pode ser agridoce – ou irritante. Os imortais heróis do rock indie norte-americano citam aqui o nome do falecido astro jamaicano do reggae Jackie Mittoo, vociferando: “Odeio música/ O que ela vale?/ Não pode trazer ninguém de volta à Terra.”