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Por que Apple foi proibida de ter app da Bíblia e Corão na China?

Apple foi obrigada a tirar aplicativo da Bíblia e do Corão, livro sagrado do Islã, da loja de aplicativos App Store na China; entenda

Redação Publicado em 20/10/2021, às 16h03

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Telefone celular da Apple, empresa proibida de ter app da Bíblia na China (Foto: Reprodução/Twitter)
Telefone celular da Apple, empresa proibida de ter app da Bíblia na China (Foto: Reprodução/Twitter)

A multinacional norte-americana de produtos eletrônicos Apple foi obrigada a tirar um aplicativo da Bíblia Sagrada da loja de aplicativos App Store na China, como confirmou a emissora de TV britânica BBC. A empresa também tirou do ar o Quran Majeed, uma das plataformas mais populares do Corão, o livro sagrado do Islã, por supostamente conter textos religiosos ilegais.

Inicialmente, o movimento de censura por parte dos oficiais chineses foi registrado pelo site Apple Censorship, o qual monitora os aplicativos da App Store em todo o mundo. O Quran Majeed é popular entre muçulmanos em todo o globo e tinha quase 150 mil resenhas na loja. Os criadores do app, uma empresa chamada PDMS, disseram, em comunicado oficial: "Segundo a Apple, nosso aplicativo Quran Majeed foi removido da App Store chinesa, pois inclui conteúdos que requerem documentação adicional das autoridades chinesas."

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Josh Rogin, colunista do jornal The Washington Post e analista político da CNN norte-americana, escreveu sobre a notícia: "Apple tira do ar app do Corão na China. Ou, dito de outra forma, Apple ajuda o Partido Comunista da China a eliminar a liberdade religiosa. Vergonhoso." O governo chinês não respondeu ao pedido de comentário da BBC.

Ainda, a PDMS relatou como tem perto de um milhão de usuários totais na China. O Partido Comunista da China reconhece o Islã como religião oficial, mas o país foi acusado de xenofobia, violão de direitos humanos e até genocídio contra o grupo étnico muçulmano Uigures, que habitam Xinjiang (China).

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A Apple também negou comentar a questão, mas direcionou a BBC à política de Direitos Humanos da empresa, que diz: "Somos obrigados a cumprir as leis locais e, às vezes, há questões complexas sobre as quais podemos discordar dos governos."