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Pet Shop Boys

Redação Publicado em 06/04/2009, às 19h56 - Atualizado em 12/05/2009, às 21h25

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Yes
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Pet Shop Boys

Yes

Capitol/EMI

Dupla inglesa levou quase três anos para gravar, mas valeu a espera

Pena que este disco demorou três anos para sair. O último trabalho de estúdio do duo inglês tinha sido Fundamental, lançado em 2006. Em tempos de volatilidade da web, o mundo pop pede singles em bases semanais para transformar em vapor e não mais trabalhos conceituais como discos. Nessa nova ordem, o mundo da música muda completamente a cada dois anos, e quando alguém se propõe a lançar um trabalho de três em três anos, como o Pet Shop Boys faz desde 1990, cai na vala Chinese Democracy de cobrança. Volto ao começo do texto e resumo: pena que este Yes, do PSB, teve um parto de 36 meses e foi pressionado contra o muro, pois é um belo trabalho. Mas não há outra solução nem saída possíveis, pois o duo descobriu logo na tacada inicial qual era sua arma mais poderosa (com “West End Girls”, em 1984), e a utiliza desde então. Estão neste décimo disco todos os elementos que fazem de Neil Tennant (vocalista) e Chris Lowe (tecladista) o duo que ocupa o quarto posto entre os artistas mais bem-sucedidos da história segundo a Billboard – os recursos eletrônicos costurados por melodias tão pop quanto dançantes que agradam até roqueiros. Tanto que quem comanda a guitarra no disco é o ex-Smiths Johnny Marr. Há, claro, músicas clamando por DJs, como “Did You See Me Coming?”, “Love Etc.”, “Building a Wall” e “The Way It Used to Be”. Mas também flertes com pop sessentista (“Beautiful People”) e baladas que ganham em dramaticidade na voz inconfundível de Tennant. Como diriam Elvis e as vendagens do PSB: 50 milhões de fãs não podem estar errados.

Luiz Pimentel