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Michael Jackson

Redação Publicado em 06/01/2011, às 11h53 - Atualizado em 07/01/2011, às 10h27

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Divulgação
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Michael Jackson

Michael

Sony

As raspas de tacho do falecido Rei do Pop não fedem nem cheiram,

A primeira palavra pronunciada em Michael,, disco póstumo de Michael Jackson, é “Akon”, na faixa “Hold My Hand”. Então, tudo já fica claro: este CD é mais uma homenagem (ou uma tentativa de lucrar) do que uma obra verdadeiramente do Rei do Pop. São fragmentos variados de faixas que poderiam vir a se transformar em músicas de Jackson. “Hollywood” lembra o estilo mais recente do cantor, com um pé na sonoridade de sintetizadores dos anos 90, mas é das que mais se assemelham a músicas completas. “Keep Your Head Up” é uma balada romântica, com um excesso de vibrato irritante na voz (culpa dos softwares que a afinaram postumamente, informou o produtor Teddy Riley). “(I Like) The Way You Love” é mais certeira, com um leve sabor de Motown do começo dos anos 60 e letra romântica. Os grandes desastres do CD vêm nas tentativas de emular o pop grandioso que só Jackson conseguia fazer: as colchas de retalhos “Monster” e “Breaking News” passarão batidas dentro do repertório do músico, mas a parceria com Lenny Kravitz (que tem Dave Grohl na bateria) em “(I Can’t Make It) Another Day” indica que o roqueiro em Michael Jackson ainda estava ativo.

PAULO TERRON