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NX Zero

Redação Publicado em 06/01/2011, às 13h44 - Atualizado em 07/01/2011, às 10h26

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Divulgação
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NX Zero

Projeto Paralelo

Arsenal Music/Universal Music

Banda repagina seus hits ao lado de astros do hip hop nacional

Apostar na reprodutibilidade é o que mantém NX Zero e bandas adjacentes vivas. Mas essa fórmula de sucesso desgasta-se. Mudança é a solução óbvia. Para tanto, o NX coloca suas fichas no hip hop. Projeto Paralelo, quinto álbum de estúdio, apodera-se do conceito “Featuring” (parceria musical) para repaginar os hits da banda. Unir rock e rap não é novidade em território nacional. Contudo, tornar a mescla palatável, carregando no sotaque pop, deixando-a radiofonicamente aceita, sim. O adorno sonoro de batidas e guitarras coloca Projeto Paralelo na tênue linha entre new metal e rap. Desconsiderando vinhetas, a democracia dos microfones consta em 13 faixas. Da versão de “Inimigo Invisível”, pinça-se a gritaria gutural de Mi (Gloria), oposta à malemolência de D2. “Só Rezo” leva rimas de Emicida e Yo-Yo. Os scratches de DJ King tornam “Bem ou Mal” galopante, facilitando para Kamau e Aggro Santos. No pacote de inéditas, “Tarde pra Desistir” tem cacoete anos 90, com Rincon Sapiência rimando. De novo na ponta dos dedos, King conduz “Corra”, melhor momento do disco, junto a C-Rock, Gabriel O Pensador e Strong Arm Steady. Negra Li e Rappin’ Hood proporcionam instantes de calmaria ao repaginarem “O Destino”. Quanto ao NX Zero, coube-lhe a coadjuvância intencional no próprio disco.

TIAGO SANTOS VIERA