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Beyoncé

Redação Publicado em 08/07/2011, às 10h05 - Atualizado em 13/07/2011, às 18h45

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Divulgação
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Beyoncé

4

Sony

Megaestrela muda de rumo e se dedica às baladas

Sasha Fierce tirou férias. o alterego feminista de Beyoncé deixou de habitar o corpo da cantora – ao menos em boa parte de 4. A esposa de Jay-Z resolveu ousar ao contrário: em vez de seguir o caminho das pistas e dos excessos, escolhido pela maioria das cantoras pop, Beyoncé desacelerou. Diminuiu as BPM, suavizou o seu característico “canto gritado” e resolveu, basicamente, fazer um álbum de baladas e músicas de andamento moderado. Das 12 faixas da edição standard, apenas quatro servem aos clubes noturnos. Em “1+1”, ela canta o amor incondicional, sobre uma base de guitarra dedilhada que desemboca em um solo que lembra os de Richie Sambora do Bon Jovi. O instrumento surge novamente em “I Miss You” (coescrita com Frank Ocean, do Odd Future), que versa sobre um rompimento amoroso. Só na quinta música, “Party”, os ares mudam. Com produção de Kanye West e a bem-vinda participação de Andre 3000, a faixa é um funk lo-fi cheio de groove, e lembra os anos 80 – década também reverenciada em “Love on Top”, que nos faz esquecer por um momento que essa é a mesma cantora que emplacou o hit “Crazy in Love”, em 2003, dançando no clipe como se estivesse possuída por um tipo de entidade da volúpia. Ainda assim, a porção mais animada de 4, que só surge no final, sobressai: a irresistível e não convencional “Countdown”; a mistura certa de marcha, metais e (poucos) elementos eletrônicos em “End of Time”; e o primeiro single, “Run the World (Girls)”, em que ela volta brevemente a seu lugar-comum de “fêmea dominante”. 4 pode até decepcionar quem aprecia a versão arrasa-quarteirão de Beyoncé, mas prova de forma definitiva que a escola da cantora é o soul e o R&B – e que ela não está preocupada com as expectativas alheias.

BRUNA VELOSO