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Air

Redação Publicado em 05/11/2009, às 12h46 - Atualizado às 12h47

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Love 2, Air - DIVULGAÇÃO
Love 2, Air - DIVULGAÇÃO

Air

Love 2

EMI/Virgin

Em seu sexto álbum, duo francês aposta na fórmula “menos é mais”

Dois anos após o lançamento de Pocket Symphony, o trabalho mais sofisticado do Air, com instrumentos orientais e participações especiais como a do cantor Jarvis Cocker e do baterista Tony Allen, a dupla francesa volta com um disco caseiro. Love 2 foi gravado no Studio Atlas, dos próprios Jean-Benoît Dunckel e Nicolas Godin, no norte de Paris. Pela primeira vez, eles ficaram responsáveis pela produção do disco, cujas faixas trazem apenas um músico para os acompanhar: o baterista norte-americano Joey Waronker. O resultado os aproximou de Moon Safari, álbum que tornou a dupla mundialmente conhecida em 1998. Já na faixa de abertura, “Do the Joy”, o duo apresenta seu arsenal de synths, vocoder e teclados de antanho, que sempre deu o ar retrofuturista do Air. Amour, Imaginatión, Rêve – temas que o nome da dupla abrevia – ainda estão na pauta principal, seja no soft rock ingênuo de “Sing Sang Sung”, primeiro single do novo trabalho, ou na leve “Heaven’s Light”, que incita comparações a “Sexy Boy”, o grande sucesso da dupla. Seguir a receita os tornou virtuosos, mas tematicamente limitados. Se há uma década o retrofuturismo do Air causava impacto na música pop, hoje ele tende a polarizar o duo, agradando com trilhas sonoras para filmes que não existem, como são “Night Hunter” e “Love”, e irritando quem não tem paciência para o muzak floreado com saxofone de “Tropical Disease”.

POR JOSÉ JULIO DO ESPIRITO SANTO