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Angry Cyclist

Angela Joenck Pinto Watt Publicado em 14/09/2018, às 14h04

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Reprodução
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O Proclaimers está de volta com seu 11º álbum de estúdio, armado com guitarras, baixo, bateria e fortes críticas a Donald Trump e ao ressurgimento dos movimentos de extrema direita no ocidente. Produzido por David Eringa e gravado no lendário Rockfield Studios (Queen, Robert Plant, Oasis, Coldplay) Angry Cyclist tem 13 músicas, oito delas com menos de três minutos, algo que remete ao passado punk dos gêmeos escoceses Craig e Charlie Reid.

Há um senso de urgência em Angry Cyclist. No álbum, você encontra o Proclaimers em um estado de espírito reflexivo, irônico e até mesmo irritado com os males que atormentam o mundo de hoje. Há também um elemento de perda ao longo do disco: perda de expectativas, de tempo ou até mesmo de alguém que não está mais por perto.

A faixa-título abre o disco com uma análise certeira do momento sociopolítico mundial. Outros destaques são "A Way With Words", que combina os arranjos de "Stray Cats" com as harmonias "Beatle", "Looted" e "Classy", sendo que esta traz uma alfinetada direta a Donald Trump: “Quando o papai empresta um milhão, você pode comandar a Terra dos Livres”.

Ainda inédito no Brasil – para adquirir uma cópia, é preciso garimpar sites de leilão e pagar centenas de reais - Angry Cyclist é um dos melhores álbuns lançados pelo The Proclaimers em 31 anos de carreira, e um disco absolutamente essencial para quem procura uma análise adulta e sarcástica das reviravoltas que o mundo vem tomando.