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Elo

Maria Rita

ANTÔNIO DO AMARAL ROCHA Publicado em 13/10/2011, às 11h06 - Atualizado em 14/10/2011, às 15h11

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Intérprete retoma estética dos dois primeiros discos

Maria Rita parece ter a consciência de que já é uma intérprete que pode correr riscos. Ou não é um risco calculado lançar um disco só com canções não inéditas? Lógico que, para tal empreitada, as canções foram testadas em shows, especialmente na temporada que fez no Tom Jazz em São Paulo e depois em viagens pelo Brasil, em 2010. São músicas que funcionaram bem no palco. Há uma diferença nítida entre o seu disco imediatamente anterior (Samba Meu, 2007) e aí também reside outro risco, porque pode passar a ideia de que Maria Rita está abandonando uma estética que ampliou o seu sucesso popular. Este Elo se liga muito mais ao inicial Maria Rita (2003) e a Segundo (2005), mas aqui ainda mais radical, pois os arranjos, baseados em trio, com piano, baixo e bateria, são mínimos. Mas não vale o conceito minimalista, porque só os três instrumentos dão conta da estética samba-jazz buscada. A única faixa que lembra Samba Meu é “Coração em Desalinho”, que já fora trilha sonora de novela e funciona como um pouquinho daquele disco. Maria Rita já tinha provado que é uma intérprete segura, com Elo reforça essa percepção e mostra que é possível dar cara nova a canções não novas como “Conceição dos Coqueiros”, (Lula Queiroga), “Nem Um Dia” (Djavan) e “A História de Lily Braun” (Chico Buarque e Edu Lobo). O destaque óbvio fica para a cool “Pra Matar Meu Coração”, de Pedro Baby e Daniel Jobim, acertadamente escolhida como música de trabalho.

Fonte: Warner