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Everything Will Be Alright in the End

Weezer

Pablo Miyazawa Publicado em 24/11/2014, às 11h09 - Atualizado em 25/11/2014, às 13h01

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Everything Will Be Alright in the End - Divulgação
Everything Will Be Alright in the End - Divulgação

O antigo Weezer, aquele que surgiu do nada em 1994, lançou dois álbuns irretocáveis e inspirou dezenas de bandas, não existe mais. E não foi por falta de esforço de Rivers Cuomo. O perturbado líder propaga uma tentativa de volta no nono disco, Everything Will Be Alright in the End. No primeiro single, “Back to the Shack”, ele faz um mea culpa sobre as mudanças de sonoridade que a banda sofreu nos últimos anos – inclusive as ridículas trocas de instrumentos e os flertes com produtores de música dançante. Essa autorreferência cômica e o excesso de sintonia com o zeitgeist pop têm sido a tônica do discurso de Cuomo desde o “Álbum Verde” (2001). Mas o que antes soava como um caminho válido hoje parece desnecessário. Falta ao Weezer atual menos percepção sobre o ambiente ao seu redor e as críticas alheias – a banda era mais interessante quando parecia isolada em seu universo e fazia música para si mesma, sem tanto esforço de soar pop e ser aceita. Algumas faixas de Everything..., felizmente, melhoram após algumas audições: “Eulogy for a Rock Band” e “Foolish Father” até evocam os bons tempos de Pinkerton (1996) – não por coincidência, ambas são parcerias de Cuomo com membros das ótimas bandas indie Ozma e Titus Andronicus. Mas dificilmente o álbum passará no teste do tempo. Se o título promete que “tudo ficará bem no final”, então só resta esperar que esse não seja o último disco do Weezer.

Fonte: Republic Records / Universal