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ÍCONES

Redação Publicado em 14/10/2010, às 18h12 - Atualizado às 18h12

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GREGG DELMAN/DIVULGAÇÃO
GREGG DELMAN/DIVULGAÇÃO

Se Robert Plant continuar a gravar discos como Raising Sand (2007) e este novíssimo Band of Joy (Universal), pode e deve manter-se longe da trip nostálgica do retorno do Led Zeppelin. Simples de explicar: em vez de continuar sob a influência temperamental de Jimmy Page, Plant pode permanecer sob os auspícios do produtor Buddy Miller e imerso no imaginário folk/blues/ rock/country anglo-americano. É o que ele faz neste novo trabalho, que leva – sintomaticamente – o nome de sua banda sessentista, anterior ao Zeppelin. Band of Joy é um triunfo interpretativo de Plant, que mostra-se capaz de algumas peripécias com sua voz de trovão, usada cada vez mais inteligentemente à medida que o tempo vai passando. Composto de versões de canções de gente tão distinta como Los Lobos (“Angel Dance”), Low (“Silver Rider” e “Monkey”, que parecem compostas na década de 1940), Townes van Zandt (“Harm’s Swift Way”) e o menestrel folk inglês Richard Thompson (“House of Cards”).

Eric Clapton, por sua vez, mantémse em seu terreno familiar, ou seja, sua versão própria do blues elétrico, ora mais pop, ora mais tradicional. Em Clapton (Warner), ele é secundado por bambas como o baterista Jim Keltner, o guitarrista Derek Trucks, o velho camarada Steve Winwood e a ex-namorada Sheryl Crow. Clapton exibe sua costumeira técnica em boas canções como “River Runs Deep” ou “Diamonds Made of Rain”, mesmo sem emocionar ou tentar algo novo.

Carlos Eduardo Lima