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Júpiter

Silva

MARIANA TRAMONTINA Publicado em 09/12/2015, às 13h26 - Atualizado em 18/12/2015, às 18h38

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Músico descarta os sintetizadores e se expõe - DIVULGAÇÃO
Músico descarta os sintetizadores e se expõe - DIVULGAÇÃO

O que Júpiter, o planeta, tem de imponente, Júpiter, o novo trabalho do projeto Silva, tem de inofensivo. O compositor e multi-instrumentista capixaba Lucio Silva nunca soou tão econômico e comedido quanto neste terceiro trabalho. Diferentemente de seus lançamentos anteriores, Claridão (2012) e Vista pro Mar (2014), Silva desta vez enxuga aqueles sintetizadores tão característicos para evidenciar sua voz serena e letras de versos espertos e acessíveis. Com um apelo comercial incontestável, o disco se distribui em 11 canções de inspiração romântica, com levadas de R&B (“Sufoco”, “Se Ela Volta”) e funk melody (“Deixa Eu te Falar”), chegando a resvalar no pop noveleiro dos anos 1980 (“Nas Horas”). Apesar da curta duração, os 36 minutos do álbum demoram a passar. Júpiter avança em marcha lenta e sem solavancos, deixando a impressão de que orbita em círculos, sem sair do lugar. É uma outra faceta, na qual o músico experimenta cantar de cara limpa e expor o que há de mais sentimental em suas composições. Silva está despido e cheio de amor para dar.

Fonte: Slap