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Kisses on the Bottom

Paul McCartney

MAURO FERREIRA Publicado em 13/02/2012, às 11h11 - Atualizado às 11h13

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Ex-beatle brilha em disco de standards pontuado por suingue jazzístico - divulgação
Ex-beatle brilha em disco de standards pontuado por suingue jazzístico - divulgação

Ex-beatle brilha em disco de standards pontuado por suingue jazzístico

Maul McCartney ama com ternura. Enquanto se prepara para celebrar seus 70 anos em junho, o cantor encarna o amante à moda antiga em Kisses on the Bottom, 23º álbum de estúdio de sua discografia pós-Beatles. Mas McCartney tempera tal doçura com suingue jazzístico que baixa o teor de açúcar desta coleção de standards lançados entre os anos 20 e 50. Nem o título dúbio, que também pode ter sentido erótico por citar um termo criado por jazzistas marotos em tempos idos, eleva a dose de testosterona. Ao revisitar a trilha sonora de sua infância e adolescência, McCartney se exercita no papel de crooner, ao estilo de Nat King Cole (1919–1965). O balanço de “I’m Gonna Sit Right Down and Write Myself a Letter” (1935) dá o tom retrô do primeiro álbum em que Paul abre mão de tocar qualquer instrumento para se concentrar no canto sereno. A seleção afetiva inclui duas inéditas autorais compostas e arranjadas nessa linha saudosista. “My Valentine” é belíssima balada pontuada pela guitarra divina de Eric Clapton, cujo toque tão minimalista quanto singular adorna também “Get Yourself Another Fool”, pérola popularizada na voz do soulman Sam Cooke (1931–1964). A outra inédita, “Only Our Hearts”, traz a gaita de Stevie Wonder. Coeso, Kisses on the Bottom flagra McCartney imerso em onda nostálgica, mas sem seguir a trilha populista pavimentada por Rod Stewart em sua série The Great American Songbook.

Fonte: Hear Music/Universal Music