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Lioness: Hidden Treasures

Amy Winehouse

PAULO TERRON Publicado em 05/01/2012, às 10h27 - Atualizado às 10h30

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Lioness: Hidden Treasures
Lioness: Hidden Treasures

Cantora ressurge em CD que não passa de “catadão”

A morte repentina de um ídolo jovem inevitavelmente deixa a pergunta: “Mas e se...?” No caso de Amy Winehouse, não é este disco que vai ajudar a tirar a dúvida. A coletânea póstuma junta faixas de toda a breve carreira da britânica, sem muito critério. O álbum começa bem, com uma versão reggae para “Our Day Will Come” e a inédita “Between the Cheats” (esta com um clima romântico dos anos 50, mas com letra sobre traição e desilusão). E aí surgem os tapa-buracos, já que ninguém sabe dizer ao certo se Amy deixou composições próprias gravadas depois de Back to Black (2006): um arranjo diferente para “Tears Dry on Their Own”, outra para a cover “Will You Still Love Me Tomorrow?” (lançada antes em versão menos complexa e mais eficiente). Os produtores Salaam Remi e Mark Ronson se alternam em todas as canções, sempre lembrando bons momentos de Frank (2003) e do último álbum, mas sem nunca superá-los. “Valerie”, do Zutons, é outra que renasce em uma roupagem desacelerada e menos impactante. Outra curiosidade é “The Girl from Ipanema”, com uma bateria orgânica (que remete ao drum & bass) e com a então jovem cantora passeando pela letra e improvisando. O encerramento com “A Song for You”, de Leon Russell, que teve versão notável na voz de Donny Hathaway, só relembra o que Amy havia cantado em “Rehab”: “Não há nada que eu não possa aprender com o senhor Hathaway”. Como ele, que também teve morte trágica, Amy não teve tempo de desabrochar completamente.

Fonte: Universal