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Modinhas

Érika Martins

Mauro Ferreira Publicado em 14/01/2014, às 03h38 - Atualizado às 03h42

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Érika Martins
Érika Martins

Ex-Penélope embaralha presente e passado ao abordar repertório retro

Heitor Villa-Lobos nunca soou tão indie. Na pegada contemporânea de Érika Martins, a “Modinha” de Villa, letrada com versos solenes do poeta Manuel Bandeira, se ajusta aos sons de hoje. Modinhas, segundo álbum solo da vocalista projetada na desativada banda baiana Penélope, aborda gênero e músicas antigas com estado de espírito atual. Érika comete ousadias estilísticas, como inserir timbres de música balcã na cadência do reggae ao dar nova voz ao tema tradicional “Casinha Pequenina”. Mas a levada indie do CD respeita melodias clássicas como a do “Prelúdio para Ninar Gente Grande”, de Luís Vieira. Disco valorizado por inédita lúdica de Tom Zé (“A Curi”) e pelas presenças dos grupos Autoramas e Nevilton, Modinhas confunde o conceito de modernidade ao realçar em “Dar-Te-Ei” a influência benéfica que a Jovem Guarda exerce na obra de Marcelo Jeneci. Músicas da cena indie carioca, como o rock “Fundidos” (Botika) e a canção de alma soul “Bonita” (de MoMo), sinalizam que presente e passado se embaralham graciosamente em Modinhas.

Fonte: Coqueiro Verde