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Neighborhoods

Blink-182

PABLO MIYAZAWA Publicado em 09/12/2011, às 15h32 - Atualizado às 15h37

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Renovado, trio ressurge com mesma energia do passado e novas influências

O Blink-182 ressurge de um hiato de anos (o último disco data de 2003), superando brigas internas e tragédias pessoais – o eterno produtor Jerry Finn morreu em 2008; o baterista Travis Barker sobreviveu a um acidente de avião e, em seguida, seu amigo e parceiro DJ AM sucumbiu a uma overdose. Tais fatos inegavelmente influenciaram na sonoridade de Neighborhoods – os temas são soturnos e a instrumentação é diversificada, evidenciando as variadas influências dos integrantes (e o fato de o disco ter sido gravado por cada músico separadamente, em estúdios distintos). Assim mesmo, a colorida identidade do Blink – um raro expoente bem-sucedido do elusivo “punk rock de estádios” – se manteve intacta. Está tudo lá: a típica alternância de vocais de Tom DeLonge e Mark Hoppus, os refrãos épicos, as mudanças de tempo repetidas e inspiradas. Neighborhoods também confirma o que álbuns anteriores evidenciavam: o Blink-182 seria outra banda (ou provavelmente pouco repercutiria) não fosse a presença impactante do genial Barker. Acompanhar suas linhas de bateria ao longo do álbum funciona como verdadeiro show à parte – fique atento à complexidade absurda das batidas em faixas como “Hearts All Gone” e “After Midnight”. Diante de tamanho virtuosismo, guitarras, baixo e vozes funcionam quase que como meros instrumentos secundários.

Fonte: Universal Music