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O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui

Emicida

Lucas Reginato Publicado em 09/08/2013, às 10h49 - Atualizado às 10h53

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Emicida  - Divulgação
Emicida - Divulgação

Com a experiência de produzir várias mixtapes, rapper paulistano enfim lança o álbum de estreia

É até estranho pensar que Emicida só agora venha com um disco “de verdade”. O impacto de vários EPs e mixtapes que lançou nos últimos anos o tornou um dos mais visíveis rappers do país. A experiência também o ajudou nos caminhos de O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui. No álbum, Emicida mostra versatilidade e cerca-se de participações igualmente variadas: a mais importante é a de Elisa Lucinda, poetisa escolhida para preencher de versos a introdução e alguns intervalos existentes entre uma e outra faixa. As falas controvertidas em clima intimista apontam cenários sociais e dialogam musicalmen- te com construções grandiosas e cheias de elementos, organizadas pelo produtor Felipe Vassão.

Mas, como Lucinda, todos os convidados acrescentam ao projeto. Rael, parceiro há tempos, empresta a voz em “Levanta e Anda”, que abre o trabalho. Tulipa Ruiz engrandece a delicada “Sol de Giz de Cera”, que também conta com a homenageada Estela, filha de Emicida. Wilson das Neves brinca no divertido samba “Trepadeira”, que narra por meio de metafórica botânica a história de uma mulher malfalada. Pitty entrega a personalidade à encorajadora “Hoje Cedo”. O Quinteto em Branco e Preto aparece em “Hino Vira Lata”, faixa que tem produção também de Beatnick & K-Salaam, a dupla que fez com Emicida o EP Doozicabraba e a Revolução Silenciosa. Faixas como “Bang” e “Crisântemo” são outras amostras do repertório fértil do rapper paulista, que explora habilmente o talento que tem nesta explosiva “estreia”.

Fonte: Laboratório Fantasma