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Pélico

Redação Publicado em 08/08/2011, às 11h41 - Atualizado às 11h41

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Divulgação
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Pélico

Que Isso Fique entre Nós

YB Music

Desamores e rompimentos incentivaram o cantor em seu segundo registro

Pélico começa seu segundo disco em um tom lamurioso e tristonho. Inspirado em mestres como Lupicínio

Rodrigues, o paulistano exibiu seus sentimentos a cada faixa sem medo de soar piegas nem de se expor. O próprio assume que, para chegar ao resultado final, foi preciso sofrer de amor. Ele sofreu, e para desaguar todas as ideias ficou exilado por 40 dias em Buenos Aires para compor. De lá trouxe preciosidades como “Recado”. Depois de um sonho com uma ex-namorada, pensou em ligar, mas viu que a atitude seria um tanto desmedida e saiu pela tangente com a belíssima letra e com o aviso dado, mesmo que atrasado. Mas nem só de autobiografias vive um bom disco de amor. Em “Vamo Tentá”, talvez a mais radiofônica e brega (no melhor sentido da palavra) do álbum, Pélico presenciou a conversa de um casal que discutia a relação como se fosse um tango. O cara, meio canastrão, tentava remediar a situação repetindo várias vezes a frase que deu nome à música. São 16 faixas muito precisas e lineares. Bons arranjos de metais, excelente produção de Jesus Sanchez, baixista do Los Pirata, e muita história para contar. A única coisa que se espera depois de ouvir todo o disco é que o trabalho de Pélico não fique apenas entre nós.

PEDRO HENRIQUE ARAÚJO