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Policromo

5 a Seco

Bruna Veloso Publicado em 15/08/2014, às 11h33 - Atualizado em 27/08/2014, às 15h38

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Grupo refina o cuidado com a composição em estreia. - Divulgação
Grupo refina o cuidado com a composição em estreia. - Divulgação

O 5 a Seco não parece ser chegado a fórmulas, nem estilísticas, nem mercadológicas. O público foi feito no boca a boca, o que acabou rendendo o primeiro disco – a gravação de um show ao vivo, no Auditório Ibirapuera, aconteceu antes de eles terem trabalhado em um álbum de estúdio. Ajuda o fato de os rapazes terem a música no sangue – entre os parentes famosos está o violonista e arranjador Celso Viáfora, pai de Pedro Viáfora –, mas a verdade é que os cinco integrantes carregam o que alguns acreditam se chamar de “dom” da composição. As letras fluidas, avessas a qualquer tipo de clichê, têm um misto de erudição e coloquialismo quase paradoxal. Se estivéssemos falando de um composto químico, seria tarefa difícil quebrá-lo: o som e as composições são lapidados como se em forma de poesia, ao passo que são simples e abrangentes; as crônicas de canções como “Não Tem Paz” têm fôlego de prosopopeia, ainda que sejam singelas e quase pueris; o romantismo (“Você e Eu”, “Vem e ai”) é devoto mas realista. Nessa estreia em estúdio, o quinteto conhecido pelas habilidades ao violão investe em guitarras e até em efeitos, sem nunca perder o fator orgânico instrumental e da palavra.

Fonte: Independente/Natura Musical