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Psychedelic Pill

Neil Young & Crazy Horse

MARCELO COSTA Publicado em 14/12/2012, às 17h10 - Atualizado às 17h12

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Neil Young & Crazy Horse - Divulgação
Neil Young & Crazy Horse - Divulgação

Incansável cantor e compositor canadense entra em período de reflexão

Neil Young quer salvar o mundo. Esse desejo já havia sido exposto em sua recém-lançada autobiografia, um livro de memórias que se preocupa mais em meditar sobre o futuro do que louvar o passado, e é reforçado com Psychedelic Pill, um álbum épico (apenas oito músicas em 87 minutos barulhentos) que parte de outra premissa: saudando o passado, renovamos o futuro. Acompanhado da fiel Crazy Horse, Young abre o novo disco com “Driftin’ Back”, canção de 27 minutos que ousa pegar o ouvinte pelos ombros e chacoalhar. Ele critica o capitalismo citando Picasso, Maharishi e a qualidade do formato MP3, e exige dedicação do ouvinte, assim como as pessoas faziam nos anos 60. A paciência (artigo raro no século 21) será testada e premiada. Tudo sugere atenção: “A maneira como ela dança faz meu mundo ficar parado”, canta Young na faixa título. Ele volta no tempo e vasculha hotéis (“Ramada Inn”), relembra sua cidade natal (“Born in Ontario”) e a primeira vez que ouviu “Like a Rolling Stone”, de Bob Dylan (“Twisted Road”). Na canção mais emblemática do álbum, “Walk Like a Giant”, diz que estava tentando mudar o mundo (nos anos 60), “mas o tempo mudou”. Psychedelic Pill sugere que ele não desistiu. Ainda bem.

Fonte: Warner