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Radiohead

Redação Publicado em 10/03/2011, às 16h00 - Atualizado às 16h00

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Divulgação
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Radiohead

The King of the Limbs

YL

Decepção em álbum que carece de ideias e uma sonoridade mais substancial

O novo disco do radiohead não tem nada de novo. Está mais para um aceno aos tempos difíceis de Kid A (2000) e Amnesiac (2001) do que para o levemente arejado In Rainbows (2007). Muita gente vai adorar saber que a banda de Thom Yorke está de volta, supostamente para devolver alguma integridade ou decência ao rock, perdido em tantas banalidades. Afinal, para essas pessoas, rock é coisa séria, não é diversão. É só ver o clipe de “Lotus Flower”, o primeiro single do disco, e contemplar a dança de Yorke e fazer algumas análises simples. O Radiohead é uma banda esperta, muito mais do que se pensa. Sabe como usar a complacência da crítica desinformada e fazer a cabeça de fãs ao redor do mundo com o culto puro e simples ao estranho, ao não fácil e ao supostamente artístico, pronto para ser consumido como quem consome a mais elevada arte. A música, algo que importa muito mais que tudo isso, é banal e eletrônica. As batidas são mais ou menos rápidas, os vocais são sussurrados e a melodia não parece existir em nenhum lugar. Canções como “Feral” ou “Codex” lembram que a banda continua ouvindo dinossauros alemães como Can ou Kraftwerk e a ilusória estrutura linear de “Little by Little” é quebrada no meio do caminho. Já ouvimos esse filme antes, há pelo menos uns dez anos.

CARLOS EDUARDO LIMA