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Rara Elegância

Redação Publicado em 06/01/2011, às 09h07 - Atualizado em 07/01/2011, às 10h29

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Divulgação
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Chico Pinheiro

Flor de Fogo

Atração

Lançamento marca o lugar do músico na moderna música brasileira

A primeira coisa que se observa em flor de fogo (que lá fora saiu primeiro, com o título There’s a Storm Inside), é asensação de delicadeza que o conjunto do trabalho transmite. Apesar de intimista, a música de Chico Pinheiro sugere um dia luminoso, horizonte em um mar calmo e gaivotas planando. Não há exageros arrebatadores, mas arranjos elaboradíssimos e apresenta-se como uma bossa nova e jazz moderníssimos, fazendo uso de temas brasileiros e recriações de clássicos. Destaca-se o dedilhar do violão acústico ou mesmo elétrico, pelo próprio Chico, que muito lembra outros craques do instrumento e que fazem a excelência da técnica brasileira em qualquer lugar do mundo. Também a presença das vozes de Dianne Reeves, Luciana Alves e os sopros de Bob Mintzer, além de excelentes músicos de apoio, dão o toque de beleza ao conjunto. Em 12 faixas, este quarto disco da carreira de Chico Pinheiro, que se iniciou com o excelente Meia-Noite Meio-Dia (2003), já reserva a ele um lugar de destaque e de refrescante novidade no cenário desta música brasileira moderna, cerebral, instigante, que é fiel a uma certa tradição da genialidade de um Edu Lobo ou Guinga, por exemplo, e, infelizmente, para poucos.

ANTÔNIO DO AMARAL ROCHA