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Schmilco

Wilco

WILL HERMES Publicado em 09/09/2016, às 14h32 - Atualizado em 27/09/2016, às 12h07

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Capa do disco <i>Schmilco</i> (2016), o décimo de estúdio do Wilco - Reprodução
Capa do disco <i>Schmilco</i> (2016), o décimo de estúdio do Wilco - Reprodução

Prestes a vir ao Brasil, banda apura a visão nostálgica e descomplica a sonoridade

Em “Normal American Kids”, faixa de abertura de Schmilco, o cantor e compositor Jeff Tweedy usa uma base de guitarra dedilhada para falar de um moleque que vive chapado evitando os garotos ditos “normais”. Mas, secretamente, o protagonista da canção os teme e sente inveja deles. Todos os desajustados vão se identificar com esse tipo de sentimento que aparece no décimo álbum da banda baseada em Chicago. A sonoridade do disco (cujo título é uma brincadeira com Nilsson Schmilsson, álbum lançado em 1971 pelo falecido Harry Nilsson) é pastoral e com jeito de folk rock. Além do retorno ao som de raiz, o álbum tem a mentalidade típica do Meio-Oeste que definiu a identidade da banda: o ceticismo em relação à fama, o desprezo pela rebeldia sem sentido, a valorização do cara que dá duro no dia a dia e o orgulho pela cidade natal. Faixas como a acústica e gentil “If I Ever Was a Child” e “Cry All Day”, com um ritmo que emula a sonoridade de um trem, olham estoicamente para o passado, mas deixam transparecer algumas lágrimas.

Fonte: dBpm