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The Vaccines

Redação Publicado em 06/04/2011, às 10h15 - Atualizado às 10h15

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Divulgação
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The Vaccines

What Did You Expect from the Vaccines?

Sony/Columbia

Nova sensação britânica debuta em disco e seu futuro parece promissor

O álbum de estreia do Vaccines é melhor apreciado sem qualquer préconcepção sobre ele ou o grupo. É uma ideia conceitual simples: certa angústia punk misturada com eco (para emular a grandiosidade das produções de Phil Spector, em um clima mais sujo e limitado) com letras sobre relacionamentos e lamentações comuns a qualquer jovem adulto. Dessa forma, “If You Wanna” esbanja solidão, com o vocalista Justin Young se abrindo sem medo: “Você quer voltar? Se você quiser voltar, por mim tudo bem”. A bateria de andamento mutante de Pete Robertson e a guitarra básica (e ao mesmo tempo pomposa) de Freddie Cowan levam a mudanças rítmicas que transformam a melancolia em algo dançante. Há faixas com algo das guitarras de Jesus and Mary Chain e My Bloody Valentine, como “Blow It Up” – mas talvez seja mais o caso do Vaccines ter sido influenciado pelos mesmos artistas que essas bandas. O som aqui é intenso, mas não tem o mesmo “peso de pancada” nos ouvidos. E há as baladas que parecem ter saído de uma compilação obscura dos anos 50. “Wetsuit” é uma das mais sérias do disco, com uma camada de efeitos sombrios ao fundo, criando uma crescente tensão. Na mesma onda, “Post Break Up Sex” e “All in White” balanceiam angústia instrumental, mas com uma incrível capacidade de não se tornarem faixas depressivas. Então, sim: o Vaccines conseguiu fazer um disco redondo, interessante e instigante em medidas iguais. Modesto, com aspiração a grandioso, mas um honesto retrato de artistas ainda em desenvolvimento.

PAULO TERRON