Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Black Gives Way to Blue

Redação Publicado em 05/11/2009, às 12h26 - Atualizado em 10/03/2014, às 14h09

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
O GRUNGE VIVE - (Da esq. para a dir. ) Cantrell, DuVall, Kinney e Inez: fazendo jus ao revival - Divulgação
O GRUNGE VIVE - (Da esq. para a dir. ) Cantrell, DuVall, Kinney e Inez: fazendo jus ao revival - Divulgação

Alice in Chains

Black Gives Way to Blue

Virgin/EMI

Banda símbolo da década de 1990 retorna com novo vocalista

O grunge voltou mesmo? felizmente, não – apenas o alice in chains, ou 75% da última encarnação da banda. O fato de ser o primeiro disco de inéditas em 14 anos dá ainda mais crédito ao novo trabalho, que em nenhum momento soa como mera exploração do frequente revival noventista. Pode até ter sido o caso, mas o resultado é honesto, ao ponto de fazer eco ao material que fez do AIC o melhor expoente do rock pesado surgido nos anos 90. No instrumental, a fidelidade é impecável. Black Gives Way to Blue não poderia soar mais Alice in Chains, transbordando dos ingredientes para tanto – os riffs musculosos (“All Secrets Known”), os andamentos modorrentos (“Acid Bubbles”), as paredes de violões (“Your Decision”) e as esquizofrênicas harmonias vocais (“A Looking in View”). A sorte do grupo é ter ótimos músicos (Sean Kinney sempre será um dos bateristas mais subestimados de sua geração). Responsável pelos 25% da novidade, o vocalista William DuVall com certeza não é Layne Staley (morto em 2002), mas cumpre bem a tarefa de fazer a segunda voz ao lado de Cantrell. Não é de mudar o mundo, mas também não o estraga. E é quando o novo frontman se mete a soltar a voz sozinho que a diferença para Staley se evidencia: eles não soam tão assombrosamente parecidos como a audição pouco atenta de “Check My Brain” dá a entender. É na verdade o timbre de Cantrell, enlouquecido e tão familiar, que nos remete aos bons tempos que não voltam mais – mesmo que a onda de revival insista em nos dizer o contrário.

PABLO MIYAZAWA