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Victoria

Herbert Vianna

CARLOS EDUARDO LIMA Publicado em 14/12/2012, às 16h53 - Atualizado às 16h57

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Herbert Vianna - Divulgação
Herbert Vianna - Divulgação

Delicadeza dos arranjos e despojamento marcam o quarto CD solo do músico

Há aqui uma conexão estética com o segundo trabalho de Herbert Vianna, Santorini Blues (1997), quando ele recontou algumas de suas canções em formato voz/violão. Em Victoria, obra 100% autoral e com conceito sustentado pela produção impecável de Chico Neves, o músico se dá ao luxo de passear por canções que vão muito longe em seu passado. “Nada por Mim”, por exemplo, remonta ao ano de 1984, doada para Kid Abelha e Marina Lima em momentos diferentes. “Derretendo Satélites”, de 1998, é demonstração de cumplicidade com a cantora do Kid, Paula Toller. “Pense Bem” é uma pepita no cânon do músico, gravada em 1999 pelo grupo de reggae fluminense Negril, enquanto “Só pra Te Mostrar”, gravada originalmente por Daniela Mercury em 1992, testemunhou a cantora baiana no auge. As cantoras são tema recorrente na obra de Herbert, tema já abordado em seu terceiro disco solo, O Som do Sim (2000). Estão presentes “A Lua Que Eu Te Dei” e “Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim”, ambas sucessos na voz de Ivete Sangalo, os primeiros que a cantora baiana obteve, em meio a um disco de estreia que não decolou na época. Todos os registros de Victoria estão unidos por uma ideia espontânea de simplicidade. Está tudo lá: a competência do violão, as intervenções marcantes, mas discretas da produção de Chico Neves e a verdade da condição de vida de Herbert Vianna, que percorre o caminho de 20 canções de mãos dadas com o ouvinte.

Fonte: Oi Música