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Yeah Yeah Yeahs

Redação Publicado em 06/04/2009, às 20h25 - Atualizado em 12/05/2009, às 21h25

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Yeah Yeah Yeahs
Yeah Yeah Yeahs

Yeah Yeah Yeahs

It’s Blitz!

Interscope/Universal

A boa novidade do trio são os discretos, porém efi cientes, timbres eletrônicos

Primeiro vem o choque: onde estão as guitarras de Nick Zinner no terceiro disco do Yeah Yeah Yeahs? E por que a banda encheu as músicas de batidas eletrônicas? Mas ao final da primeira audição de It’s Blitz! tudo fica claro – houve mudanças, mas nada mudou. Segundo o próprio Zinner, a ideia de diminuir a presença das guitarras é uma técnica usada pelo produtor Dave Sitek (integrante do também nova-iorquino TV on the Radio, que assina o trabalho junto com Nick Launay, responsável por gravações de Nick Cave e Killing Joke). A tese dele é a de que, tirando o elemento conhecido, o artista tem de se dedicar mais para fazer um bom trabalho. E assim foi. O Yeah Yeah Yeahs não abandonou seu estilo, simplesmente diminuiu alguns elementos – mais notavelmente as guitarras – e compensou com programações eletrônicas. É perceptível na audição, mas não chega a ser uma mudança radical. A alma da banda – a voz intensa de Karen O, somada às letras pessoais, tudo coberto em peso e sujeira – continua a mesma. Preste atenção no primeiro single do álbum, “Zero”: logo depois dos dois minutos e trinta, a canção explode em uma massa de camadas sonoras (teclados, sintetizadores) capazes de prejudicar os ouvidos menos preparados. Ou seja, o YYY de sempre... ou quase.

Paulo Terron