Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Yeezus

Kanye West

Jon Dolan Publicado em 10/07/2013, às 12h01 - Atualizado às 12h02

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Kanye West
Kanye West

Hip-hop eletrônico e batidas saturadas dão cadência ao novo disco do polêmico rapper

Cada gênio louco tem de fazer um disco como este pelo menos uma vez na vida. Yeezus traz a música mais sombria e extrema que Kanye West já produziu. O álbum é extravagante, abrasivo, cheio de eletrônica – o hip-hop aqui é minimalista e industrial. West não procura apenas ficar à frente da competição – quer ficar à frente dele mesmo. “Vamos colocar essa vadia chacoalhando como se tivesse Parkinson”, ele implora na abertura “On Sight”, uma das canções coproduzidas pelo Daft Punk. Yeezus também tem música de pista de dança para hipsters, dancehall jamaicano e soul music encharcada de Auto-Tune. O produtor executivo, Rick Rubin, merece boa parte do crédito por tornar um exagero sonoro monolítico em algo coeso. Rubin e West utilizam a estratégia de “menos é menos”, certificando-se de que cada tema tenha o máximo impacto. Isso fica bem exemplificado em “I Am a God”, em que West diz: “Eu sou um Deus, então venha rápido com a minha massagem”. Mas a melhor faixa de Yeezus é “Blood on the Leaves”, que utiliza um sample de Nina Simone cantando “Strange Fruit” em rotação acelerada. Só Kanye West poderia pegar uma obra-prima sobre linchamento e transformá-la em uma lamentosa canção sobre gravidez indesejada. O cara tem culhões.

Fonte: Universal