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Clássicos P&B

Redação Publicado em 10/02/2009, às 10h34 - Atualizado em 12/05/2009, às 21h45

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Divulgação
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Continental/Silverscreen

Julgamento em Nuremberg

A direção de Stanley Kramer realça um elenco soberbo e um roteiro tocante nesta produção de 1961. Expõe o grande dilema entre a aplicação da Justiça sobre os juízes nazistas responsáveis pela condenação de milhões de pessoas inocentes na II Guerra Mundial e a oposição à crescente pressão política dos EUA, temerosos pelo avanço comunista sobre a derrotada Alemanha nos primórdios da “Guerra Fria”. Spencer Tracy é o juiz que aceita entrar nesse fogo cruzado fazendo prevalecer a Justiça. “Mas o que é a Justiça?”, pergunta a senhora (vivida por Marlene Dietrich), quando todo mundo parece ter a propensão de jogar pedras no povo alemão. O personagem de Tracy vive o dilema de julgar um dos maiores casos da história sem se deixar levar pelas emoções. Mas o grande suporte deste filme magistral é, sem dúvida, o seu elenco. Das 11 indicações ao Oscar, quatro foram na categoria de atuação. Maximilian Schell, como o advogado de defesa Hans Rolfe, levou o prêmio de Melhor Ator; o veterano Spencer Tracy foi indicado a Melhor Ator, e Montgomery Clift e Judy Garland às categorias coadjuvantes. Clift está estupendo como o cidadão considerado alemão “não apto” que foi castrado pela Gestapo.

Hamilton Rosa Jr.