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O Mágico Inesquecível

Redação Publicado em 08/07/2011, às 12h29 - Atualizado em 11/07/2011, às 15h22

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Divulgação
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Em DVD, superprodução que propõe fusão de blaxploitation e Broadway

Inspirado no musical da Broadway The Wiz, este filme de 1978 tinha tudo para encantar as multidões: grandes estrelas (Diana Ross, Michael Jackson), música primorosa produzida por Quincy Jones (ele aparece rapidamente no filme, procure), produção milionária, roteirista esperto (Joel Schumacher) e diretor premiado (Sidney Lumet). Apesar disso, foi um fracasso monumental de público e crítica. Trata-se de obra extravagante, imperfeita e incompreendida. É uma tentativa malograda, mas valorosa, de unir blaxploitation e Broadway. Do choque dessas propostas estéticas antagônicas nasce a rejeição de público e crítica a O Mágico Inesquecível, mas também a originalidade visual e temática do filme. A mistura de elementos infantis e adultos (os perigos e os vícios da grande cidade enfrentados pelos personagens principais foram a razão para a contratação de Lumet, especialista em dramas urbanos) aturde o espectador, mas registra a instabilidade emocional de Dorothy, mulher de 24 anos que permanece imatura. A performance neurótica de Diana Ross adiciona estranheza a um projeto demente pela própria natureza. O Mágico Inesquecível é luxo e lixo, é sublime e ridículo, é passeio pelo mundo mágico de Oz que oferece frustrações e recompensas.

ZECA AZEVEDO