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A Conversação

Redação Publicado em 15/10/2010, às 11h42 - Atualizado às 11h43

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Lume Filmes

Drama sombrio revela o clima de paranoia e desconfiança da década de 1970

No intervalo entre os dois primeiros filmes da saga O Poderoso Chefão, Francis Ford Coppola dirigiu aquela que é sua obra-prima. A Conversação foi lançado em 1974, em meio ao escândalo de Watergate, um tempo em que os Estados Unidos viviam num estado de paranoia e desconfiando da própria sombra. Gene Hackman é Harry Caul, um homem cínico, amargo, sarcástico e solitário que não parece ter vida própria. Ele ganha a vida espionando as pessoas e grampeando suas ligações telefônicas. Pouco se importa com o que acontece com quem espiona, até que um dia recebe um caso onde tem que monitorar um jovem casal. Aparentemente as provas coletadas no trabalho de espionagem de Harry vão levar o casal à morte. Pela primeira vez ele se envolve emocionalmente e isso acaba com sua pouca sanidade. Mas no final as coisas vão se revelar bem diferentes do que Ele imagina. A Conversação lembra a estrutura de Blow Up – Depois Daquele Beijo, de Michelangelo Antonioni. Só que, em vez de fotografias, a ambiguidade e a manipulação da realidade ficam na montagem sonora dos grampos feitos pelo perturbado Harry. Harrison Ford, ainda no começo da carreira, faz uma pequena, mas decisiva participação neste clássico.

Paulo Cavalcanti