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Maus Hábitos

Chiristian Petermann Publicado em 15/10/2013, às 17h59 - Atualizado em 04/11/2013, às 15h09

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Maus Hábitos - Reprodução
Maus Hábitos - Reprodução

Um filme da época em que a anarquia de Almodóvar valia a pena

Depois de as opiniões mundiais se dividirem com fervor em relação a Os Amantes Passageiros, o recente retorno do mestre Pedro Almodóvar à comédia anárquica, torna-se ainda mais auspicioso (re)tomar contato com um dos primeiros trabalhos dele, quando flertava com a mais amoral das anarquias, antes de “Almodóvar” virar marca e adjetivo. Lançado em 1983, Maus Hábitos é o quarto longa do cineasta espanhol e um dos mais punks e transgressores que já realizou. A ação desencadeia-se quando uma jovem cantora junkie de boleros sai de cena e se esconde no convento das Redentoras Humilhadas, lésbicas devotadas a salvar moças que levam uma vida de perdição. O convento está em crise, pois poucas garotas querem ser salvas. A presença de Yolanda Bell exulta a madre superiora (Julieta Serrano), uma insuspeita cúmplice de suas perdidas. Veteranas de Almodóvar batem ponto, como Marisa Paredes (irmã Esterco), Carmen Maura (irmã Perdida) e Cecília Roth. Apesar do desbunde geral e da direção de arte e trilha sonora alternativas, Almodóvar criou personagens fascinantes, críticas virulentas à Espanha de então, em uma densidade política e sexual que Amantes Passageiros arranha apenas de superfície.

Fonte: Magnus Opus