Redação Publicado em 10/07/2009, às 16h59 - Atualizado às 16h59
Globo Marcas
Jayme Monjardim
A dramatização da vida de um grande talento de personalidade difícil
O êxito desta série junto ao público e crítica foi um dos grandes trunfos da TV brasileira em 2009. Poucos esperavam que uma produção sobre uma cantora aparentemente esquecida, morta há mais de 30 anos, fosse registrar uma audiência tão alta. Maysa foi hit até entre os camelôs, que venderam avidamente os capítulos gravados na TV. O programa é um marco também por retratar sem constrangimento as falhas de caráter e o comportamento de uma importante personalidade do tão resguardado e castiço showbusiness nacional, avesso a expor colegas de trabalho. Ironicamente, os méritos vão para o diretor Jayme Monjardim, filho da retratada. Jayme foi criado num colégio interno e seu relacionamento com a mãe foi traumático. O distanciamento aqui foi pontochave. A novata Larissa Maciel teve que pisar em ovos, mas ganhou com distinção suas medalhas ao encarnar uma figura tão volátil e que registrava baixo no quesito simpatia. Em três discos, estão registrados os altos e baixos de uma vida tragicamente interrompida aos 40 anos, quando a cantora morreu em um acidente automobilístico. O programa destaca a participação de Maysa em momentos decisivos da música brasileira, suas bebedeiras, seus barracos, suas tentativas de suicídio e seus amores fracassados. Como bônus do box, entrevistas e performances de Maysa, a de verdade.
POR PAULO CAVALCANTI
