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Moscou

Redação Publicado em 06/08/2009, às 14h43

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Eduardo Coutinho

Fernanda Vianna, Inês Peixoto

Vida e teatro se fundem em obra com linguagem singular

Em moscou, o documentarista Eduardo Coutinho pede aos atores mineiros do Grupo Galpão que encenem o clássico As Três Irmãs, de Anton Tchekhov, em um período de três semanas. Para tanto, os artistas passam por workshops, sendo estimulados a externarem suas memórias e misturá-las ao texto do russo. Apesar da descrição, Moscou está longe de ser um mero registro dos bastidores de uma montagem teatral. Como em Jogo de Cena (2007), do qual este filme parece continuação natural, Coutinho se mostra mais interessado na mecânica da encenação do que em seu resultado final. Boa parte da peça que surge do encontro entre o cineasta e o Galpão é vista no longa. Mas os olhos do diretor estão mesmo voltados para o processo criativo dos atores e para a maneira que eles se portam quando as câmeras são ligadas. Rumo ao final, Moscou funde improvisos, memórias e a peça de Tchekhov em uma massa quase impenetrável para quem não está familiarizado com o cinema de Coutinho. Mas Moscou é fascinante para qualquer um que goste de se sentir desafiado em uma sala escura.

POR DIEGO MAIA