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Boa Sorte

Carolina Jabor

Érico Fuks Publicado em 24/11/2014, às 14h43 - Atualizado às 15h25

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Deborah sofre de amor. - Divulgação
Deborah sofre de amor. - Divulgação

Diante de tantas explosões interpretativas surgidas no cinema brasileiro neste ano, em especial protagonizadas por atores iniciantes, como em Hoje Eu Quero Voltar Sozinho e De Menor, aparece também uma safra que faz muito esforço para trazer verdade às telas, mas ainda não chegou lá. O ator João Pedro Zappa, que dá vida a um personagem homônimo, se esgoela pra mostrar seus distúrbios de comportamento, mas não convence. Internado em uma clínica psiquiátrica por sua família, lá conhece Judite (Deborah Secco), uma paciente soropositiva terminal, e se apaixona por ela. Está composto o núcleo dramático que se gruda por seus contrastes. Ela vê no rapaz um sopro de vida, um bônus de alegria em sua fatalidade. Ele vê nela a perda da virgindade emotiva, o início do prazer calouro. Primeiro longa de ficção de Carolina Jabor, Boa Sorte tem o peso no tom certo com sua luz fria, enquadramentos longos e diálogos econômicos. Entretanto, ainda sucumbe de uma mise-en-scène artificial demais e de uma liberdade contida.