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Não Pare na Pista – A Melhor História de Paulo Coelho

Daniel Augusto

Fernando Masini Publicado em 18/08/2014, às 16h25 - Atualizado às 16h34

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Momento místico em Não Pare na Pista.  - Divulgação
Momento místico em Não Pare na Pista. - Divulgação

Há um tom bíblico escondido em Não Pare na Pista que pode ser o trunfo do filme para atingir um grande público. A vida do escritor Paulo Coelho é tratada como uma escalada de superação de um homem testado por diversas provações. E que, mesmo esbarrando em adversidades, segue seu caminho e é agraciado com a recompensa da consagração. O diretor Daniel Augusto e a roteirista Carolina Kotscho exploram, com ritmo e habilidade, esse viés. Não que seja um filme carola, longe disso. Há, pelo contrário, cenas polêmicas em que o escritor passa por sessões de tortura, internações forçadas e experimenta drogas. O espectador acompanha, fora de uma narrativa linear, o jovem Paulo (Ravel Andrade) se rebelando contra o pai (Enrique Díaz) no Rio de Janeiro dos anos 1960, onde luta para ganhar uma máquina de escrever e iniciar a vida no teatro. Raul Seixas, interpretado por Lucci Ferreira, aparece em um bar e ele e Coelho discutem até nascer a canção “Al Capone”. O lado espiritual e controverso do escritor (Júlio Andrade o interpreta na vida adulta) aflora em seitas obscuras e encontros com um misterioso guru. Nesse aspecto, o filme pouco elucida sobre as crenças de Coelho, apenas reforça o caráter místico do escritor.