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O Curioso Caso de Benjamin Button

Redação Publicado em 09/02/2009, às 18h58

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Divulgação
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David Fincher

Brad Pitt, Cate Blanchett, Taraji P. Henson

Tempo Redescoberto

Com O Curioso Caso de Benjamin Button, diretor David Fincher deixa sua marca no cinema realista-fantástico

Um conto do escritor norte-americano f. scott fitzgerald é a matéria-prima que o diretor David Fincher utiliza para criar, na Nova Orleans do pós-primeira-guerra, uma fábula naturalista, ou uma jornada de herói excêntrico. Centrado na vida de Benjamin Button e o curioso caso desse menino que fica cada vez mais jovem à medida que envelhece, o filme leva realismo fantástico para o cotidiano (como também acontece em outras bem-sucedidas experiências cinematográficas como Peixe Grande, de 2003, e Forrest Gump – O Contador de Histórias, de 1994, este escrito por Erich Roth, que vem a ser o mesmo roteirista de Benjamin). Aproveitando o carisma de coadjuvantes que pendem para o surrealismo, como o marinheiro bêbado e patriota, a nadadora com insônia e o homem atingido por raios, a história linear prende pela humanidade diante da diferença, levanta questões de maturidade, tempo, relações humanas, amores, perdas e danos. Brad Pitt (Benjamin Button) e Daisy (Cate Blanchett), como o casal de amantes separados pela imaturidade tardia do primeiro, são ajudados pela competente fotografia que deixa a narrativa levemente triste (porque nostálgica) com ares de mundo à parte. Benjamin Button é uma daquelas obras que vêm para deixar claro que cinema também é fuga.

Ademir Correa