Peter Berg
Hamilton Rosa Junior Publicado em 13/03/2014, às 09h26 - Atualizado às 09h28
Esquadrão de elite tenta sobreviver sob fogo cerrado e imensa pressão
O Seals, esquadrão de elite da marinha, levantou a moral das tropas depois da operação de captura e morte de Osama Bin Laden. Kathryn Bigelow reviveu a proeza nas telas em A Hora Mais Escura, um filme seco e complexo. Esse O Grande Herói faz o caminho inverso: relembra uma missão malfadada contra o Taliban, e sentimentaliza as perdas do esquadrão de elite, evocando o espírito patriótico e heroico dos que tombam no campo de batalha. Dentro desse subgênero, porém, o diretor Peter Berg evita colocar tudo no preto e no branco. Os personagens dos soldados, graças, sobretudo, ao vigoroso desempenho do conjunto de atores, revelam uma escala de contradições que transcende o filme. Foram preparados para serem impiedosas máquinas de matar, mas sob fogo cerrado se revelam inarticulados, divergentes e ingênuos. Subestimam o inimigo e, quando encurralados, são tomados pela vergonha, um sentimento raro de se ver, sobretudo para um filme de guerra norte-americano.
Elenco: Mark Wahlberg e Ben Foster
