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O Jogo da Imitação

Morten Tyldum

Pablo Miyazawa Publicado em 13/02/2015, às 13h09 - Atualizado em 18/02/2015, às 13h18

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Cumberbatch vive gênio torturado.
Cumberbatch vive gênio torturado.

O jogo da imitação conseguiu indicações ao Oscar para as principais categorias, incluindo Melhor Filme, Diretor, Ator (Cumberbatch) e Atriz Coadjuvante (Keira), mas é improvável que leve algum desses prêmios, ainda que seja o tipo de produto com tudo de que o Oscar gosta: um protagonista genial e perturbado, discussão de tabus e a Segunda Guerra como pano de fundo. E a história é real – a saga de Alan Turing, matemático brilhante contratado pelo governo britânico para decifrar o sistema de comunicação nazista. Poderia ser mais um filme sobre um prodígio incompreendido, mas há o agravante de que Turing era homossexual em uma época em que isso constituía crime. São muitas as variáveis que fazem o filme não se decidir direito para que lado ir. Ao mesmo tempo que é uma apurada reconstituição de um período histórico, é um drama de apelo psicológico que depende do brilho do protagonista para engrenar. Cumberbatch está ótimo, mas não foi desta vez que saiu da zona de conforto. Fica a incômoda impressão de que o brilho dele como ator depende de personagens notoriamente desajustados e indomáveis, como Stephen Hawking, Julian Assange e Sherlock Holmes, que interpretou anteriormente.